
Abaixo da UFMG estão instituições brasileiras como Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no bloco 501-550; e Universidade de Brasília (UNB), e Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), ambas na posição 551-600.
À frente da UFMG aparecem as brasileiras Universidade de São Paulo (USP), na posição 139; Universidade de Campinhas (Unicamp), na posição 228; Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na posição 333; e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre as posições 401 e 450.
Critérios
Para o professor do Departamento de Matemática Ricardo Takahashi, que acompanha rankings universitários mundiais desde o início desta década, aferir o desempenho de instituições de todo o mundo é tarefa complicada devido às peculiaridades de cada país. “É preciso definir critérios de avaliação, que inevitavelmente terminam por favorecer algumas universidades e desfavorecer outras”, observa.
Esse é o caso, por exemplo, da medida de percentual de estrangeiros nos corpos docente e discente. Quanto mais alunos e professores oriundos de outros países, mais bem colocada a instituição aparece no ranking do QS. Entretanto, o critério prejudica as instituições públicas do Brasil, nas quais o ingresso ocorre por meio de concursos públicos cujas regras dificultam a contratação de estrangeiros.
“Não podemos questionar as listas a ponto de dizer que elas não têm importância, mas é preciso ter cuidado”, aponta Takahashi. Para ele, os rankings mundiais são úteis para que se tenha ideia de como as universidades brasileiras se situam no mundo em relação a critérios que são, de fato, comparáveis, como número de publicações e citações. Além disso, o professor salienta a comparação entre universidades brasileiras como outro fator relevante.
De acordo com rankings internacionais elaborados nos últimos anos, além da UFMG, figuram entre as instituições brasileiras sistematicamente mais bem colocadas USP, Unicamp, Unesp, UFRJ e UFRGS. A esse grupo, Takahashi acrescenta, ainda, a Unifesp, menor que as demais por ser especializada na área de Saúde, mas que também que apresenta bons indicadores. Observa ainda que os rankings podem servir como um elemento motivador para a comunidade da UFMG avançar coletivamente no projeto de uma universidade de excelência, "que seja reconhecida de qualquer forma como se olhem seus dados".
Adesão
Em 2011 a UFMG aderiu formalmente ao QS World University Ranking, tendo passado a fornecer pacote de dados institucionais para o programa QS Stars. “Temos a expectativa de alcançar sensível melhora na avaliação, o que deve elevar nossa posição nesse ranking internacional”, comentou à época o pró-reitor de Pesquisa, Renato de Lima Santos (leia mais).