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Notícias do Campus
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A Polícia Federal apresentou nesta quarta-feira, 11 de julho, a conclusão da Operação Tormenta referente às fraudes dos Exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de 2009. As investigações contaram com o apoio do Cespe/UnB e da OAB. As evidências mostram que 152 candidatos receberam as questões antecipadamente de uma organização criminosa. Outros 1.076 candidatos “colaram” na prova e também são considerados fraudadores.
O delegado responsável pela Operação Tormenta, Victor Hugo Rodrigues Alves, avaliou que o Cespe/UnB colaborou de forma “total e irrestrita” fornecendo as informações solicitadas. “As respostas foram em tempo recorde. Sem essa colaboração, as investigações poderiam nem ter terminado”, assinalou.

A participação de colaboradores do Cespe/UnB nas irregularidades foi completamente descartada pelas investigações. “O Cespe/UnB foi vítima da organização criminosa”, afirmou o delegado. Rodrigues Alves acrescentou, ainda, que a conclusão quanto às irregularidades nas provas do Exame da OAB agora será enviada à Justiça.

OPERAÇÃO – Em junho de 2010, a Polícia Federal desarticulou uma quadrilha acusada de fraudar concursos públicos e o Exame da OAB. Desde aquela época, 33 mandados de busca e apreensão, 25 mandados de prisão temporária e 44 mandados de prisão preventiva foram expedidos no curso da Operação Tormenta. Foram indiciadas até o momento 282 pessoas e 62 servidores públicos foram afastados ou impedidos de tomar posse.

Segundo a Polícia Federal, os criminosos respondem por vários crimes, como formação de quadrilha, estelionato qualificado, receptação, corrupção ativa e passiva, dentre outros.

 Procedimentos de segurança adotados pelo Cespe/UnB

O Cespe/UnB investe continuamente em procedimentos de segurança. Em todos os processos seletivos realizados pelo Centro, são adotadas medidas de segurança rigorosas desde a etapa de elaboração das provas até a entrega dos resultados.

A impressão e o empacotamento das provas, por exemplo, são realizados em gráfica própria, altamente sigilosa, sem comunicação externa e monitorada continuamente por câmeras de vídeo e scanner corporal. Pouco antes da aplicação, os malotes de prova devidamente lacrados são conduzidos por Coordenadores de Aplicação (servidores da UnB) e, muitas vezes, também por membros da Associação de Delegados da Polícia Federal para cada local de aplicação.

O Cespe/UnB possui um software de embaralhamento de itens, que permite a confecção de diferentes tipos de provas. A quantidade de provas não é divulgada, pois é questão sigilosa. Outra medida relevante é a identificação dos inscritos apenas por código de barras. Dessa maneira, toda e qualquer pessoa que manipula as folhas de respostas ou de texto definitivo não tem como identificar quem preencheu esses documentos.

No dia da aplicação das provas, o Cespe/UnB conta com a colaboração de profissionais de segurança e membros da Associação de Delegados da Polícia Federal, prontos para agir caso se identifique algum comportamento suspeito de algum candidato. Durante a aplicação, faz-se o rastreamento de sinais de comunicação: veículos circulam nas áreas próximas aos locais de provas monitorando ondas eletromagnéticas, com a intenção de detectar tentativas de comunicação eletrônica entre candidatos e pessoas externas. A utilização de artigos de chapelaria e de aparelhos eletrônicos também é proibida. Além disso, todos os candidatos passam por um detector de metais na entrada e saída dos banheiros.

Após a aplicação, as provas são novamente lacradas nos mesmos malotes, que são reconduzidos ao Cespe/UnB.

Diversas outras medidas são tomadas, mas, por questão de segurança, não podem ser reveladas.

UnB Agência