“A greve prejudica os alunos, que estão sem aulas há bastante tempo. O Ministério do Planejamento havia sugerido aos docentes trégua de 20 dias para que fosse apresentada uma proposta, mas não houve essa disposição”, afirmou. Ainda não há previsão de uma nova rodada de negociação entre governo e grevistas.
Questionado se a greve estaria prejudicando a matrícula dos aprovados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) nas universidades, Mercadante diz que há problemas identificados em alguns estados, mas acredita que não será necessário prorrogar o prazo das matrículas. “Elas podem ser feitas até o dia 9 de julho, então acredito que não será necessário alterar as datas”.
O ministro também comentou a meta de investimento de 10% do PIB na educação, de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado por comissão especial da Câmara dos Deputados no fim de junho. Atualmente, o Brasil investe cerca de 5% do PIB no setor. A proposta original do PNE enviada pelo governo propunha uma meta de 7,5% do PIB. “O aumento para 7,5% já equivale a arrecadar recursos similares a uma nova CPMF. O percentual de 10% equivale a duas CPMF, sendo que no Brasil não há espaço para aumentar a carga tributária”, disse, ao defender que o acréscimo de recursos à educação seja garantido pelos recursos provenientes do pré-sal.
UnB Agência