Os reitores, entretanto, querem participar também da aplicação das provas e da correção. Na opinião deles, os vestibulares deram a expertise suficiente para a aplicação de provas. “Seria muito mais fácil. Já temos a estrutura e a organização necessárias. Se ocorressem problemas, eles seriam localizados”, explicou o professor Jaime Giolo, da Universidade Federal da Fronteira Sul.
“Não é necessário a mobilização de Marinha, Aeronaútica e Exército para aplicar o ENEM. O exame deve aproveitar a capacidade instalada nas universidades brasileiras” afirmou o reitor Thompson Mariz, da Universidade Federal de Campina Grande. “Nosso vestibular tem 30 anos e sempre deu certo. Podemos colaborar com a senhora”, ofereceu o reitor de Uberlândia, Alfredo Júlio Fernandes.
A presidenta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), Malvina Tuttman, anunciou que as próximas provas do Exame Nacional de Ensino Médio foram para a gráfica nesta terça-feira, 12 de julho. De acordo com ela, 580 mil pessoas estão trabalhando direta ou indiretamente para a realização das provas. A prova será aplicada em 1.599 municípios para 6,4 milhões de inscritos.
Sobre a participação das universidades, Tuttman explicou que no ENEM deste ano conseguiu incluir os professores das instituições de ensino superior na elaboração das provas. “O Ministério da Educação (MEC) fez uma chamada pública para elaboração das provas e 59 universidades responderam. Os professores destas instituições já estão colaborando conosco.”
“O Enem não está desacreditado. Ele é validado pelas pessoas que se inscrevem e pelas instituições que aderem”, sustentou Malvina Tuttman. Atualmente, 83 universidades federais, estaduais e institutos federais utilizam a nota do ENEM como nota integral. As provas deste ano serão realizadas nos próximos dias 22 e 23 de outubro.
UnB Agência