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Hoje esse sonho se realizou. “Trazer todos os estudantes para cá foi uma forma de promover a integração entre eles e rememorar as ideias do Darcy Ribeiro”, explica Magno Assis, coordenador de Arte e Cultura da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA). “O propósito do Beijódromo é de ser um espaço político, onde possa culminar o princípio fundador da universidade, que é a integração dos cursos”, completa.
Os estudantes foram recebidos no prédio em forma de oca futurista com o filme Barra 68 - Sem Perder a Ternura, do cineasta Vladimir Carvalho, ex-professor da UnB. A película conta a história das invasões militares do ano de 1968 contadas pela comunidade acadêmica que vivia a utopia da primeira década de existência da universidade. Em seguida, o Núcleo Sonoro da DEA embalou os calouros com clássicos da música nacional e internacional. Por fim, o cortejo musical La Pirágua Errante, do Projeto de Extensão Núcleo de Trabalho do Ator (Nutra), guiou os estudantes para fora do prédio, de onde partiram para os campi de origem ou continuaram a explorar o campus Darcy Ribeiro.
Gustavo Rosa, calouro de Administração, aprovou as atividades. “Foi uma recepção bem calorosa. A proposta era que a gente se sentisse inspirado e eu me inspirei”, diz. O estudante se mudou de Ceres (GO) para estudar na universidade. “Eu já tinha ouvido muito falar da UnB. Mas só hoje eu tive a experiência de estar aqui”, relata. “Não quero ser um aluno passageiro. Quero deixar meu nome, fazer a diferença e a UnB é o lugar para isso”.
A “universidade que inspira” encantou os novos estudantes. “O que me inspira na UnB é o futuro”, diz a caloura de Letras-Espanhol Karen Tolentino. “Aqui eu acho que posso ter um futuro mais brilhante do que em qualquer outro lugar”. Já Lucas Alves, calouro de Terapia Ocupacional, um dos cursos do campus avançado de Ceilândia, acredita que o que o inspira na universidade é a liberdade. “Poder conversar sobre qualquer assunto sem censura, mas com moderação”, afirma. “A UnB é praticamente um Estado laico”, compara.
Os quase 50 anos da UnB serviram de inspiração para Heric Campelo, que veio para Brasília transferido da Universidade Federal de Tocantins (UFT). “É um sonho realizado estar na capital do país e estudar numa universidade que é referência há tantos anos”, diz. “Brasília é a condensação do Brasil e a UnB faz parte disso”.
UnB Agência