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A maioria das pessoas conhece um chá caseiro para uma determinada dor, um óleo natural com poder cicatrizante e uma mistura de grãos que faz bem pra saúde. Tudo isso é considerado saber tradicional, assunto que a academia vem levando cada vez mais a sério, e faz com que a Universidade Federal do Pará (UFPA) some esforços à Rede de Tecnologia Social, uma articulação de instituições que desenvolve produtos naturais, a partir do conhecimento da medicina tradicional. Além da Pró-reitoria de Extensão (Proex), passam a fazer parte da rede o Instituto de Ciências da Saúde (ICS), por meio do curso de Farmácia; o Núcleo de Meio Ambiente (Numa) e a Fundação Osvaldo Cruz.
Articulação acadêmica e social - Essa rede é composta por universidades, institutos de pesquisa, núcleo de pesquisa, órgão estaduais e municipais, comunidades, associações, organizações não governamentais. Tudo funciona partindo da articulação desses atores sociais. Mas não é uma articulação sem rumo. O norteador são as plantas medicinais e os fitoterápicos, abundantes em nossa região. O professor Marcos Valério Santos da Silva, diretor da Faculdade de Farmácia, conta que a orientação da rede parte da concepção de promoção em saúde, capacitando a comunidade sobre o uso de plantas medicinais.

“A rede visa identificar tecnologias desenvolvidas por comunidades e replicá-las em outras, e tem ainda a intenção de desenvolver fitoterápicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A rede busca ainda articular, na teia de produção de fitoterápicos e plantas medicinais, desde a agricultura familiar até a economia solidária”, explica Marcos Valério.

Interessa à rede agir no entrelaçamento de espaços de formação, capacitação, mobilização social, agricultura familiar, erveiros e benzedeiras. Estes vêm sendo agregados em função da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Um exemplo é a ação da Faculdade de Farmácia e do Laboratório de Etnofarmácia do Numa, que capacitam e assessoram os(as) erveiros(as) do Ver-o-Peso.

Portal – Tanto conhecimento articulado precisar se “assentar” num local, e o escolhido foi a internet. Em tempos de conhecimento colaborativo, essa foi a solução para que se hospede todo o conteúdo na rede: pesquisas, vídeos, áudios, entrevistas, etc. A ideia é que também sejam elaboradas cartilhas com as orientações que os usuários demandarem, bem como materiais para servirem de apoio para uma educação à distância.

Segundo o pró-reitor de Extensão (Proex), Fernando Artur, bolsistas da área de comunicação da Proex estão em contato com os técnicos de comunicação da Fundação Osvaldo Cruz para criarem uma home page em que se divulgue o que está sendo pensado na rede. “Queremos que, num primeiro momento, os colaboradores da rede hospedem todo o material que acharem pertinente. Depois queremos que a sociedade acesse o conteúdo, que é feito pra ela consumir e aumentar seu conhecimento acerca dos assuntos no âmbito dos fitoterápicos amazônicos”. Os trabalhos de construção da home page já começaram e devem levar um mês para serem finalizados.

Assessoria de Comunicação UFPA