Além disso, para se tornar um fellow nessa categoria é necessário ter um número expressivo, acima de 70, de publicações de impacto. Para quem está no hemisfério Sul, isso não é fácil”, disse à Agência FAPESP.
Segundo Hernández-Figueroa, o título permite que concorra a futuras indicações para a diretoria da OSA.
Neste ano, 64 pesquisadores dos Estados Unidos e de outros países foram agraciados com o título. O professor foi o único da América Latina a recebê-lo. Em 2010, a OSA nomerou dois brasileiros: Luiz Davidovich, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Anderson Gomes, da Universidade Federal de Pernambuco.
Figueroa nasceu em Lima, no Peru, em 1959. Formou-se em engenharia eletrônica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1983 e, em seguida, concluiu dois mestrados na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, um em Engenharia Elétrica focado em antenas e propagação e o outro em Matemática Aplicada e Ciência da Computação, direcionado a análises numéricas.
Doutor em Física pelo Imperial College of Science, Technology and Medicine, em Londres, é desde 2005 professor titular da Unicamp. Suas linhas de pesquisa se concentram nas áreas de eletromagnetismo computacional, óptica integrada, nanofotônica, fibras ópticas, antenas e micro-ondas.
Todos os anos, a OSA distingue como fellows pesquisadores que realizam estudos no campo da óptica. Esse número, no entanto, não pode superar o limite de 10% do total de membros que a sociedade mantém em todo o mundo.
Para se tornar um fellow, o membro deve de ser indicado por outro fellow da instituição e ter o pedido confirmado por pelo menos outros três. Depois, a solicitação é enviada a uma comissão especial que, novamente, avalia o candidato.
A OSA, cuja sede fica em Washington, foi fundada em 1916 e conta com 15,5 mil membros distribuídos em 95 países.
Agência FAPESP