Contando atualmente com mais de 20 mil alunos espalhados entre os 86 cursos de graduação, incluindo os seis cursos na modalidade a distância, 25 mestrados e 7 doutorados nos três campi da Universidade – Maceió, Arapiraca e do Sertão –, e nas Unidades de Ensino de Penedo, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Viçosa, a história da Ufal teve seu embrião na Faculdade de Direito de Alagoas, criada em 1931 e oficializada dois anos depois.
Na última década, a Ufal teve um crescimento vertiginoso, com a realização de vários concursos públicos e a concretização do projeto de interiorização, que teve início em 2006, com a implantação do Campus Arapiraca, e foi levado a diante com o início das atividades no Campus do Sertão, em março de 2010.
Nos seus 50 anos, a Universidade comemora em 2011 a oferta de 5193 vagas de graduação disponíveis através do vestibular, o início das atividades de sete novos cursos de graduação, cinco novos cursos de pós-graduação; o andamento de 38 obras, entre elas a do Campus do Sertão, em Delmiro Gouveia, da nova Residência Universitária, localizada no Campus Maceió, e do início das obras da Sede da Unidade de Santana do Ipanema, do novo Restaurante Universitário e dos Institutos de Computação, de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente e do Centro de Integração Comunitária, também no Campus Maceió.
Na área acadêmica, o ano já começa com as atividades de 243 grupos de pesquisa desenvolvidos por mais de 3600 alunos, professores e técnicos da Universidade. Mas em seu cinquentenário, a tecnologia também está presente em seus mais de 3000 alunos da Educação a Distância, distribuídos entre os Polos Maceió, Maragogi, Olho d’Água das Flores, Santana do Ipanema e São José da Laje.
Além disso, a Ufal também fortaleceu os programas de intercâmbio internacional, mantendo pesquisas conjuntas e bolsas para estudantes em universidades de 17 países: Angola, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Coréia, Espanha, Estados Unidos, França, Georgia, Israel, Itália, Moçambique, México, Paraguai, Portugal, Rússia e Austrália.
Breve histórico da Ufal
A Faculdade de Direito passou quase duas décadas sendo a única iniciativa de educação superior até surgir nos anos de 1950 uma safra de novas instituições legalmente reconhecidas: Medicina (1951), proposta pelo médico Abelardo Duarte; Filosofia (1952), idealizada pelo padre Teófanes Augusto de Barros; Ciências Econômicas (1954), criada pelo Sindicato dos Empregados no Comércio do Estado de Alagoas; Engenharia (1955), formada por um grupo de profissionais da área; e Odontologia (1957), uma fusão entre as Faculdades de Maceió e de Alagoas.
Em 1960, os dirigentes da Faculdade de Medicina, aliados a alguns políticos e sob a liderança do médico A. C. Simões, empreendem em Brasília uma marcha pela federalização dessa instituição. Contudo, ao tomar conhecimento de que era possível aprovar um projeto de universidade, em vez de reconhecer-se de forma isolada, Dr. Simões convenceu todos a mudarem de estratégia e passou a liderar o movimento favorável à criação da Ufal.
No salão nobre da Faculdade, em 11 de agosto de 1960, dia do estudante, os diretores das seis escolas superiores do Estado e algumas autoridades políticas assinam um memorial solicitando ao presidente Juscelino Kubitschek o atendimento dessa reivindicação. O memorial foi levado para a capital federal por Adalberto Câmara, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
A partir de 1961, a Ufal entra em um período de implantação e consolidação, tanto no aspecto pedagógico como espacial, na tentativa de integrar o fluxo de ações e atividades acadêmicas numa mesma localização geográfica. Na visão do primeiro reitor, A. C. Simões, era preciso, antes de tudo, investir na infraestrutura. Nos dez anos em que esteve no poder, ele voltou maior parte dos recursos para a reforma dos prédios das faculdades já existentes e a construção da cidade universitária.
Ao iniciar sua gestão, as Faculdades continuaram funcionando de forma isolada, enfrentando reformas, adaptações e até mesmo transferência de lugar, como se deu com a Faculdade de Ciências Econômicas, que passou a funcionar num solar da Praça dos Martírios. Somente em 1966 surgem as primeiras edificações na região próxima à Praça Sinimbu: Restaurante Universitário, Federação Alagoana do Desporto Universitário (FADU), Diretório Central dos Estudantes, e Residência Universitária. E um ano depois, foram iniciadas as obras de construção da cidade universitária, num terreno de 210 hectares situado no Tabuleiro do Martins, assinado pelo presidente João Goulart. Além dos blocos que abrigaram alguns centros de ensino, data desse período o início da construção do Hospital Universitário.
As expressões artísticas e o incentivo à leitura buscam um lugar no espaço acadêmico a partir da existência de equipamentos culturais. Para atender a esses anseios nascem o Corufal, o Pastoril Universitário, Teatro Universitário (TUA), Cinema de Arte (Cinufal), Museu Théo Brandão de Arte e Folclore (1975), Imprensa Universitária (1977), Biblioteca Central (1978), Orquestra de Câmara da Ufal (1981), Pinacoteca Universitária (1981) e Editora Universitária, Edufal (1983), Usina Ciência e mais recentemente o Centro Cultural de Extensão Universitário (CEU), criado na cidade de Penedo em dezembro de 2010.
De olhos fixos na ampliação dos quadros de pessoal, o setor de planejamento da universidade põe em prática, em 1972, o Plano de Expansão, com a realização de mais de 200 concursos e provas de seleção. Neste ano, é criado o Campus Tamandaré, mediante a ocupação do complexo onde se situava a Escola de Aprendizes de Marinheiro de Alagoas, no Pontal da Barra. Ali foram instalados os cursos de Ciências Humanas, com uma população estudantil de mais de 3.000 alunos. Em 1976, o campus foi desativado diante dos riscos que sofreria com a instalação da empresa Salgema, no Pontal.
É recontando a história e planejando o futuro que a Ufal continua com o projeto de expansão da Universidade e levando o desenvolvimento para todas as regiões do Estado alagoano.