Segundo o professor do Departamento de Biologia e Farmácia da Unisc, Jair Putzke, o trabalho de campo visou oferecer ao participante um conjunto de atividades que permitiriam reconhecer a biodiversidade da região sul pantaneira, os impactos ambientais a que a região está sujeita, relacionar o ecossistema com as espécies ocorrentes e com a sua fragilidade, além de estudar alternativas de preservação e conservação do pantanal. “A observação dos impactos antrópicos na região e o contato direto com os animais e com a biodiversidade pantaneira permitiu discutir a preservação do pantanal para as futuras gerações”, comentou.
O grupo também trabalhou com anfíbios, serpentes e mamíferos, sempre com aplicação de técnicas de levantamento, que incluíram desde a coleta das pegadas com gesso até a fotografia e a observação direta dos animais, utilizando-se de deslocamentos em barcos a motor pelo Rio Miranda ou subindo em postos de observação a mais de 25 metros acima do solo. As saídas noturnas ocorreram para o registro de animais difíceis de visualizar durante o dia.
A área de residências da UFMS é um local de observação também de araras azuis, capivaras, veados, quatis, cutias, graxains, mutuns, entre outros. Espécies comestíveis, medicinais e venenosas da flora foram também apresentadas pelos professores Marisa e Jair Putzke, que coordenaram as atividades. Uma visita ao centro de estudos de onças permitiu reunir mais dados sobre o animal.
No retorno, o grupo realizou trabalhos na região da Bodoquena, em especial no município de Bonito, onde observou peixes nos rios de águas transparentes do local. O próximo trabalho na região está previsto para julho de 2011.
Assessoria de Imprensa - Unisc