O médico Marcelo Hartmann, chefe do Serviço de Transplantes do HSL, alerta para o fato de que "a cada ano aumenta a lista de espera por órgãos, mas não há crescimento de doadores nessa mesma proporção". Por isso, afirma ser "fundamental conscientizar as pessoas para a importância e a necessidade de aumentar as doações em vida".
A preocupação do cirurgião sustenta-se em números que traduzem a dimensão da dificuldade. Dados do Sistema Nacional de Transplantes correspondentes a 2009 mostram que 34.640 pessoas esperavam por um novo rim em todo o Brasil, sendo 1.900 somente no RS. Conforme a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, no mesmo ano foram contabilizados 4.259 procedimentos cirúrgicos, ou seja, mais de 30 mil pacientes não foram contemplados.
Os transplantes no HSL tiveram início em 1978, com o médico Domingos d´Avila, hoje chefe do Serviço de Nefrologia do Hospital. Desde então as técnicas evoluíram e os ambientes dedicados a essas intervenções cresceram, assim como a formação de cirurgiões. Além da vídeolaparoscopia, iniciada em 2002, a Instituição também foi a primeira a transplantar um pâncreas isolado, em 2003. Atualmente são realizados 65 transplantes ao ano, sendo aproximadamente 75% em pacientes do SUS.
Assessoria de Comunicação Social - PUCRS / ASCOM