Daniel Francisco Silva, aluno da 4ª série do CAP, leu um texto escrito por ele, em outubro. Acabou emocionando a muitos ao declarar que a biblioteca é a alma de uma escola. Também falou da certeza de que o novo espaço vai contribuir para o seu futuro e o de seus colegas.
A vice-reitora da UEM, Neusa Altoé, iniciou seu discurso parafraseando o pequeno Daniel, dizendo que compartilha a opinião de que a biblioteca é a alma da escola. Também aproveitou a tribuna para reafirmar um compromisso assumido durante a campanha para a Reitoria, que foi colocar o CAP entre as prioridades da atual gestão, que tem como reitor o professor Júlio Santiago Prates Filho.
Atualmente, o CAP enfrenta indefinição na regularização como um Colégio de Aplicação Pedagógica. Outro problema é a falta de um quadro fixo de professores, ficando na dependência das secretarias estadual e municipal de educação para suprimento das vagas.
A diretora do CAP, Augusta Padilha, explica que o colégio foi criado em 1974, em atendimento a um decreto federal de 1946, para aplicação pedagógica dos cursos de licenciatura oferecidos dentro da Universidade. Porém, com a aprovação da lei que transfere para os municípios a obrigatoriedade da oferta dos ensinos infantil e fundamental, o CAP da UEM não foi mais autorizado a efetivar as matrículas nas séries iniciais. A diretora diz que o Estado não está considerando a natureza diferenciada do Colégio, o que precisa ser feito. “Tanto é que nos colégios de aplicações pedagógicas federais não houve alteração”, argumenta a diretora.
A vice-reitora declarou que muitos esforços já estão sendo feitos no sentido de regularizar a situação. Neusa também fez questão de receber, na presença do público que acompanhava a inauguração do biblioteca, o manifesto a favor da revitalização da escola como instrumento pedagógico. Assinado por pais e alunos do CAP, o documento seria entregue em reunião privada.
A cerimônia de inauguração da biblioteca também contou com a entrega, à direção da escola, da homenagem do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, pela participação do CAP na Olimpíada de Língua Portuguesa 2010. A entrega foi feita por Giovana Scalabrini Antunes, aluna da 8ª série do CAP e finalista na Olimpíada na categoria Crônica. Seu trabalho, Agradando a Gregos e Troianos, fala sobre a demolição da antiga rodoviária.
Ela disse que sempre gostou de ler, primeiramente com incentivo dos pais, mas que foi na escola e nas idas à biblioteca, que o contato com a leitura se tornou mais amplo.
A revitalização da biblioteca do CAP foi uma iniciativa da Pró-Reitoria de Ensino da UEM e da diretora da Biblioteca Central (BCE), Ana Estela Codato Silva, que convidou a bibliotecária Marlene Curti para coordenar as atividades. Marlene contou com a colaboração de servidores da BCE.
UEM/ASC