“É uma reivindicação que existe desde 2003, com a implementação da Lei 10.639, que traz a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura dos Afro-Brasileiros em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país”, acrescentou. Acerca desse saber em particular, nas universidades, Janailson destacou que apesar de ainda se ter um número considerado incipiente de títulos, as instituições já mostram um avanço significativo no que se refere à quantidade e qualidade das obras publicadas. “Isso se deve, principalmente, a uma maior divulgação das produções anteriores a 2003 e de uma espécie de ‘boom’, que aconteceu nos últimos sete anos, em relação às pesquisas e publicações voltadas para a história e culturas das populações negras no Brasil”, revelou.
Todavia, em se tratando de História da África, ainda não há trabalhos substanciais ofertados dessa forma no Brasil. A coletânea escolhida pelo MEC é considerada uma das que melhor versam sobre o assunto no mundo, tendo sido escrita a pedido da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) ainda em 1981. A maioria dos pesquisadores envolvidos no projeto é originária do próprio continente africano.
“Além disso”, explicou Janailson Macedo, “essa coletânea permitirá aos professores, pesquisadores em geral e militantes sociais dispor de uma fonte aprofundada de pesquisa, tanto no que diz respeito ao preparo de aulas ou planos de curso, quanto no que se relaciona a execução de pesquisas inéditas que tenham como objeto a História da África e as interações culturais entre África e Brasil”.
Repercussão na UEPB
Mantendo uma participação ativa junto à recente decisão do MEC, o NEAB-Í pretende, ainda esta semana, entrar em contato com a Biblioteca Central (BC) da UEPB para que, juntos, possam garantir para a Universidade o recebimento de exemplares da coletânea História Geral da África.
O material também está disponível, de forma gratuita pela internet, em versão on-line, por meio do link http://goo.gl/m1AC4. Através do processo educacional, a sociedade brasileira será conhecedora de suas raízes africanas e indígenas e poderá, desse modo, conhecer melhor a si mesma.
Assessoria de Comunicação - UEPB