Na última quarta-feira, dia 24 de novembro, os mesmos estudantes foram ouvidos pelo vice-reitor Horácio Schneider. Foi explicado que somente o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe/UFPA) pode resolver pela desvinculação, uma vez que, como órgão representativo da Instituição, foi exatamente o Conselho que decidiu, democraticamente, pela adoção do Enem. O Conselho pode, dessa forma, convocar uma reunião extraordinária para a rediscussão do caso, mas isso só deve acontecer mediante um documento com a assinatura de metade dos seus membros em concordância com a proposição, conforme o regimento interno da Universidade.
O Consepe é atualmente formado por 55 conselheiros titulares, dentre docentes, discentes e técnico-administrativos. Os estudantes, porém, conseguiram apenas dez assinaturas em favor da reunião extraordinária. De acordo com o reitor Carlos Maneschy, a reunião não será convocada sem as assinaturas, uma vez que, no último protesto, os conselheiros foram constrangidos ao serem impedidos de sair do prédio da Reitoria, na ocasião, ocupado pelos manifestantes. “Não tomarei a iniciativa de convocar o Conselho porque não há garantias de que os conselheiros não serão constrangidos novamente”, lembrou o reitor.
No Pará, todas as universidades federais que adotaram o Enem como uma das etapas ou como forma de avaliação para ingresso no ensino superior permanecem na decisão de usar a nota do Exame: além da UFPA, a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Os estudantes agradeceram a oportunidade de dialogar com a administração da UFPA, mas prometeram não desistir da causa. Eles asseguraram que ficarão ocupando a reitoria até que a reunião extraordinária seja convocada. A ideia é permanecer em vigília para que mais manifestantes possam se reunir ao movimento.
Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA