“Historicamente, os investimentos em desenvolvimento se concentram nas regiões sul e sudeste do País. Ainda não tínhamos dado ao Norte a atenção que ele merece. Aproveitando a rede Santander Universidades, decidimos criar um programa específico para acolher as necessidades dessa população, impactando as nove universidades federais da região e transformando, direta ou indiretamente, a vida das pessoas”, explicou Jamil Hannouche, do Banco Santander.
Estiveram presentes na cerimônia o reitor da UFPA, Carlos Maneschy; o vice-reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), José Expedito Cavalcante; o reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), José Seixas Lourenço; o reitor da Universidade Federal do Amapá (UFAP), José Carlos Carvalho; o reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Sueo Numazawa; o diretor do Santander Universidades no Brasil, Jamil Hannouche; e o assessor internacional do Banco Santander, bem como reitor da Universidade de Salamanca (Espanha), Ignacio Verdugo.
Década de investimentos - O Programa prevê um período de atuação de 10 anos e o valor estimado do investimento que irá realizar, ao longo desse período, é de R$ 7 milhões. O repasse de verba vai depender das necessidades e as demandas de cada universidade parceira. A meta inicial era lançar o Amazônia 2020 em fevereiro de 2011, mas o Programa foi antecipado, segundo Jamil Hannouche, em virtude do que destacou o reitor Carlos Maneschy em uma reunião recente do Banco Santander com a Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). “O reitor destacou que o País precisa olhar mais para a Região Norte no sentido de dar uma resposta rápida, contundente e definitiva para a comunidade regional”, contou.
O Amazônia 2020 surge, então, como uma semente de grande potencial. O que se faz necessário, daqui para frente, é superar os desafios. De acordo com o que destacou o professor Carlos Meneschy, os desafios são intrínsecos à natureza das instituições de ensino, que, por meio de iniciativas, como a da rede Santander Universidades, começam a retomar o lugar de importância que lhes cabe no que consiste em assumir o protagonismo do desenvolvimento nacional. “Nesse sentido, o Programa Amazônia vem nos ajudar a enfrentar três desafios específicos: superar a distribuição desigual dos recursos para a educação no País; atrair apoio financeiro para viabilizar a internacionalização das universidades públicas e articular as relações entre universidades e empresas, como estímulo à inovação e ao empreendedorismo na área acadêmica”, ponderou o reitor da UFPA.
Intercâmbio - Para a região amazônica, o destaque de investimentos será na área de mobilidade acadêmica inter-regional e internacional de docentes e discentes, a fim de propiciar a oportunidade de troca de experiências e a melhoria do nível de ensino das universidades. Além disso, o Programa objetiva, ainda, fomentar a mobilidade de estudantes e professores das universidades para a realização de cursos em universidades espanholas por meio da Mobilidade Internacional Top Espanha e também em universidades estrangeiras que sejam centros de excelência nos assuntos de interesse na formação dos estudantes. “Vamos inserir todas as universidades do mundo na Amazônia e vamos inserir a Amazônia nas universidades do mundo inteiro”, sintetizou Hannouche.
Empreendedorismo - Um outro pilar estratégico do Amazônia 2020 é o Prêmio de Empreendedorismo, que objetiva reconhecer e incentivar ações e projetos cujo foco seja desenvolver o empreendedorismo na comunidade acadêmica ligada à universidade. O Prêmio será bianual, no valor de R$ 500 milhões. O Programa pretende, da mesma forma, instalar salas digitais contendo computadores e infraestrutura necessária para a inclusão digital das universidades que ainda não dispõem de equipamento para tal. Outros investimentos visam à concessão de bolsas de pesquisa aplicada e à promoção de seminários e eventos científicos internacionais.
Assessoria de Comunicação da UFPA