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Cerimônia realizada nesta segunda-feira (29) na sala do Conselho Universitário da USP marcou o lançamento do Instituto de Estudos Europeus no Brasil (IEE-BR). Coordenado pela USP, o projeto tem mais sete universidades brasileiras como parceiras, sete universidades europeias como associadas, e visa maximizar a cooperação em ensino superior e pesquisa entre o país e a União Europeia. Representando a Reitoria da USP, o professor Marco Antonio Zago, pró-reitor de Pesquisa, ressaltou que a herança europeia é e continuará sendo predominante no meio universitário brasileiro, e também a particularidade de um continente que manteve a força individual de cada país ao mesmo tempo em que empreendeu um modelo de integração de sucesso.
“Brasil e Europa são importantes parceiros no comércio exterior e têm laços tradicionais também em ciência e tecnologia: 16% da pesquisa produzida no país em cooperação com cientistas estrangeiros envolve instituições europeias”, afirmou.

Segundo o pró-reitor, mesmo que esta cooperação seja forte, ainda é feita de maneira isolada nas universidades. “Falta uma visão mais global, estruturada, que organize a interação entre os dois lados do Atlântico – que é o que esperamos que possa acontecer agora”, afirmou.

Ações
O IEE-BR empreenderá atividades acadêmicas, de pesquisa, de diálogo, e de extensão. A parte acadêmica incluirá a criação de curso de pós-graduação (doutorado) em Estudos Europeus e de disciplinas optativas nos cursos de graduação, e também a uniformização de titulação e reconhecimento mútuo de títulos obtidos no Brasil e na UE. O coordenador do IEE-BR será o professor Moacyr Martucci Jr., da Escola Politécnica (Poli) da USP.

As atividades de pesquisa contemplarão incentivo às pesquisas em colaboração já existentes e à promoção de novas pesquisas com este modelo, bem como às pesquisas com participação da média e pequena empresa, além da concessão de prêmios para pesquisas que visem à integração Brasil-Europa.

Já as atividades de diálogo incluem workshops, congresso anual e fóruns de discussão, enquanto que as de extensão prevêem programas de pós-graduação lato sensu (especialização), criação de biblioteca digital e de programas de rádio e televisão, e divulgação de informações sobre financiamento para estudantes e pesquisadores.

Embaixadores
Além de representantes da USP e instituições de ensino brasileiras e do Ministério da Educação, o evento contou com a presença de cônsules e representantes de diversas embaixadas europeias no Brasil, incluindo de Bélgica, Suécia, Polônia, Áustria, Grécia, Turquia, Suíça e Países Baixos.

Em vídeo apresentado na cerimônia, o embaixador João Pacheco, chefe da delegação da UE no Brasil, destacou a importância deste espaço com estrutura própria e dedicado e à capacitação acadêmica para estudos de assuntos de interesse comum entre Brasil e Europa, em iniciativa pioneira para a parceria estratégica entre e os dois envolvidos.

De acordo com o diplomata, o instituto tem potencial para se transformar em importante local de reflexão e intercâmbio de conhecimento, em particular para projetos de desenvolvimento sustentável do país. Na mesma linha, o cônsul geral da Suécia em São Paulo, Barry Bystedt, destacou a importância da troca de experiências, citando as iniciativas em meio ambiente e cidades sustentáveis de seu país como algo a oferecer.  

O cônsul geral da Bélgica em São Paulo, Peter Klaus, observou que o público brasileiro ainda conhece muito mal a Europa, e o mesmo se aplica para o público europeu em relação ao Brasil – realidade que poderá ser modificada com a colaboração do IEE-BR.

IEEApós a assinatura do documento que estabeleceu a entidade, o coordenador Moacyr Martucci Jr. conduziu um debate entre autoridades diplomáticas e acadêmicas presentes, oficializado como a primeira atividade do Instituto.

Na ocasião, o professor Marco Antonio Zago aproveitou também para anunciar que também está em implementação, com sede na USP, um centro ibero-americano de estudos – mais uma iniciativa voltada para a criação de pontes entre os dois continentes.

Para o pró-reitor, ciência e tecnologia são instrumentos de coesão diferentes da economia, porque não apresentam tanto a força dispersiva da competição, e por isso tanto o centro ibero-americano quanto o IEE-BR serão fortes instrumentos agregadores entre as regiões.

O professor Martucci Jr. afirmou ainda que a intenção é que o número de universidades que fazem parte do instituto – tanto brasileiras como europeias – seja ampliado a cada ano. No Brasil, fazem parte atualmente da parceria, ao lado da USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho (Unesp), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade Federal do Pará (UFPA).

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