“Foi através do Rede de Saberes (projeto patrocinado pela fundação) que nós tivemos acesso ao nosso primeiro computador”, lembra emocionada a indígena Flaviana Figueiredo, terena do último ano de Pedagogia da unidade universitária da Maracaju.
Pela primeira vez em Dourados, Jeannie chamou de “maravilhosa” as ações de integração de indígenas no ensino superior que presenciou em Mato Grosso do Sul. “Essa interação entre culturas não é boa positiva somente para o indígena, mas para todos”, diz. De acordo com Jeannie, que viaja todo o mundo representando a fundação Ford, o Brasil tem ainda uma interessante peculiaridade em seu contexto cultural. “Aqui eu percebi uma combinação muito rica entre as culturas negra e indígena. O desafio é buscar soluções para os desafios próprios desses dois povos”, diz Jeannie.
Junto com a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em 2005, a UEMS foi uma das primeiras Instituições de Ensino Superior de MS a estabelecer parceria com a Fundação Ford. Hoje a fundação apoia quatro universidades no Estado, sendo que a maior parte dos recursos vem para a UEMS, já que tem um número maior de estudantes indígenas.
Desde o início do financiamento, a UEMS já recebeu aproximadamente R$ 500 mil da Fundação Ford, somando recursos diretos e provenientes de ações conjuntas com as outras universidades parceiras. O dinheiro é investido em ações diversas como inclusão digital, projetos de ensino e extensão, promoção de eventos e organização interna dos indígenas (locomoção para reuniões, por exemplo).
“A inclusão de populações vulneráveis socialmente é uma vocação da UEMS. Esta é a identidade da Universidade que tem como principal característica ser altamente regionalizada e atenta às diferentes realidades de Mato Grosso do Sul”, diz a pró-reitora de extensão da UEMS Beatriz Landa.
Assessoria de imprensa / UEMS