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Paula Sicsu, recém-formada em Biologia, descobriu as condições perfeitas para os passarinhos conhecidos como tiziu arranjarem namoradas. Ela observou 21 machos e percebeu que as penas azuladas dos animais ficavam mais brilhantes quando havia sol. Além disso, o sol favorecia a economia de energia que eles precisavam para saltar. A pesquisa da Paula foi uma das 68 melhores por sessão das áreas de Ciências da Vida, Humanas e Exatas. O Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação divulgou a lista completa das pesquisas que serão premiadas na próxima quarta-feira, 24 de novembro, no Anfiteatro 12.
Confira a lista completa aqui.

Paula precisou de paciência. Ela observou o comportamento dos Tizius de novembro de 2009 a fevereiro de 2010, na Fazenda Água Limpa da UnB. Os 21 pássaros, abundantes no Cerrado, foram identificados com anéis coloridos. Com um caderno, Paula anotou o momento exato em que cada animal saltava do galho, batia as asas por cima da cabeça e emitia sons. “Isso precisa ser sincronizado para caracterizar o momento reprodutivo”, avisa Paula. A ideia era entender se o animal escolhe momentos perfeitos para ter o esse comportamento, já que saltar a todo o momento representa desperdício de energia para o pequeno pássaro, que cabe na palma de uma mão e pesa cerca de 500 gramas.

Paula analisou variáveis como a temperatura, o vento e a umidade. O comportamento na época reprodutiva, conhecido como displays, aconteceu mais vezes quando o céu estava com sol ou pouco encoberto por nuvens. “Pela característica das penas como a luz do sol ele fica mais evidente”, explica a pesquisadora. "A luz também ajuda o Tiziu a gastar menos energia", completa a orientadora da pesquisa Regina Machado. Paula gostou tanto de pesquisa que na próxima semana fará a prova de mestrado para seguir estudando o comportamento animal.

PESQUISAS ESCOLHIDAS - Felipe Brandão, da Engenharia Elétrica, fez com que um robô humanóide ganhasse equilíbrio. O robozinho de 45 centímetros não cai mesmo se for empurrado. Felipe instalou 104 sensores pelas 18 articulações do humanóide. Leia mais aqui. Outra pesquisa premiada é a do estudante da Psicologia Arthur Corrêa. Ele verificou que apesar de 96,2% das pessoas entrevistadas na ruas afirmarem que ajudam outras nas ruas, apenas 49,8% delas foram solidárias em testes práticos. Entenda melhor a pesquisa.

A aluna de Engenharia Florestal Louriene Rapozo também teve o seu trabalho reconhecido pelos avaliadores do CNPq. Ela descobriu uma maneira de reciclar o papel moeda. Louriene utiliza o Revitel, um produto químico que consegue acabar com essa barreira. Leia mais aqui.

Para o professor Mário César Ferreira, a premiação tem o objetivo de  instaurar "uma cultura de reconhecimento institucional no âmbito da iniciação científica que alimente o prazer de se trabalhar na Universidade de Brasília".  

UnB Agência