Participaram além do presidente Luís Inácio Lula da Silva, os reitores das universidades envolvidas na implementação dos cursos de EaD, entre eles o Reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, além do reitor da Universidade Federal da Integração Latino- América, Hélgio Trindade. Também representaram a UFG na aula inaugural o coordenador do curso de Ciências Biológicas Welinton Lopes, o técnico de laboratório do ICB André Luiz Silva Oliveira e representantes da equipe do Centro de Aprendizagem em Rede (Ciar) que desenvolveu a tecnologia: Alan Caio Marques e Tadeu Augusto Araújo Borges. A pró-reitora de graduação Sandramara Matias Chaves também esteve presente como integrante da comitiva do Ministério da Educação, por sua atuação na área de formação de professores e como ex-presidente do Fórum Brasileiro de Pró-Reitores de Graduação (ForGrad) entre 2008 e 2009.
Além de Ciências Biológicas, a UAB ministrará cursos de Pedagogia, Matemática e Gestão Pública (o único não relacionado com a formação de professores). As outras universidades participantes são a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).
Todo o suporte operacional de implementação do curso, assim como o curso de formação dos tutores, o layout da plataforma Moodle - adotada pela UFG para hospedagem dos cursos - e a instalação dos laboratórios de biologia foram preparados pela equipe da UFG, por meio do Ciar e pelo curso de Ciências Biológicas.
Segundo a pró-reitora de graduação, Sandramara Matias Chaves, a participação da UFG é uma resposta e um reconhecimento vindo do MEC no que se refere a qualidade dos cursos de Ciências Biológicas na modalidade a distância. Ela acrescenta que será uma experiência enriquecedora na construção desse projeto que será desenvolvido em conjunto com a universidade moçambicana.
Discurso do Presidente - O presidente Lula deu um tom otimista ao discurso durante a Aula Inaugural. Ele defendeu a autoestima do povo como forma de mostrar ao mundo que “se acreditarmos em nós mesmos poderemos ser tão sabidos quanto eles” [países desenvolvidos]. Lula buscou demonstrar que os investimentos do governo brasileiro na implantação dos cursos na capital moçambicana tem por finalidade “resgatar uma dívida histórica” para com os povos africanos.
Segundo Lula, “com o lançamento dos primeiros pólos moçambicanos da Universidade Aberta do Brasil, estamos dando um passo firme em direção ao maior aprofundamento da cooperação entre nossos países”. “Nada é mais urgente do que a capacitação de moçambicanos e brasileiros para construir sociedades cada vez mais democráticas e prósperas e, assim, firmar nossa presença soberana no mundo”, completou.
Antes da exposição, o presidente Lula conheceu os laboratórios de Biologia e Computação do Campus de Matemática da Universidade Pedagógica Lhanguene Maputo. Na entrada principal, foi saudado por cerca de 30 alunos da Escola Primária 16 de Junho (data comemorativa ao Dia das Crianças Africanas e da moeda de Moçambique).
Já no interior do auditório, Lula foi apresentado aos convidados moçambicanos pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, que fez os agradecimentos em nome do governo local. O governo brasileiro investirá cerca de US$ 32 milhões num período de nove anos para permitir o ensino à população desta país do sudeste da África.
A exposição do presidente Lula foi feita em duas etapas. A primeira tratou-se da leitura do discurso, quando apresentou aos convidados avanços no setor educacional brasileiro. Segundo Lula, os 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal contam com 600 pólos de ensino à distância. “Os estudantes contam com infraestrutura de laboratórios e bibliotecas, além da assistência de professores e tutores treinados nas ferramentas de educação à distância. A infraestrutura de informática permite aos estudantes interagir com professores, mesmo quando estes estão a centenas ou milhares de quilômetros de distância”.
Ele relatou sobre o aumento da quantidade de universidades federais, institutos técnicos, bem como a oferta de bolsas de estudos em universidades particulares por meio do ProUni e a oferta de vagas nas universidades federais, pelo REUNI. Lula foi muito aplaudido quando informou que ele e o vice-presidente José Alencar, apesar de não terem curso superior, entram para a história do Brasil como os governantes que mais fizeram pelo setor educacional do país.
O presidente explicou também que o povo africano deve se valorizar. Segundo ele, a Embrapa tem programa para desenvolver a savana africana que garantirá o aumento da produção de alimentos. Para o presidente brasileiro, esse será o grande filão pois mesmos os países desenvolvidos buscarão comida produzida nestes celeiros.
Fonte: Blog do Planalto e UFG
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