A assinatura do convênio ocorreu durante o Colóquio Saint-Hilaire 2010, realizado no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, onde a Unicamp foi representada pelo coordenador geral da Universidade, professor Edgar Salvadori De Decca. Participaram da cerimônia o embaixador da França no Brasil, Yves Saint-Geours; o cônsul geral da França em São Paulo, Sylvain Itté; o vice-reitor da USP, Hélio Nogueira da Cruz, o vice-reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, e o reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Sousa Junior. As três universidades paulistas e a UnB estão criando programas semelhantes.
Segundo Edgar De Decca, os professores seniores franceses virão desenvolver pesquisas conjuntas com docentes e estudantes da Unicamp. “Tradicionalmente, o que se vê em convênios é uma via de mão inversa, com os professores e pesquisadores brasileiros indo à Europa, sendo a França um dos países mais procurados. Temos agora um reequilíbrio, buscando maior simetria nessas relações bilaterais. Pelo lado do governo francês, é um convênio que demonstra uma percepção da perda da presença e influência europeia nas universidades brasileiras”.
O coordenador geral da Unicamp informa que a execução do convênio estará sob responsabilidade da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori) e que ele está aberto a todas as áreas do conhecimento, ainda que tenha sido assinado durante um evento de ciências humanas. “O programa Cátedras da França já está valendo e todas as unidades da Universidade poderão enviar suas propostas”.
Historiador, Edgar De Decca vê motivações de sobra para que os professores franceses venham para o Brasil, pelo menos na área de ciências humanas. “Nosso país oferece hoje um cenário invejável, devido às transformações em curso e um processo de desenvolvimento que não ocorria com tal intensidade havia décadas. São aspectos relacionados a mobilidade social, integração de populações marginais ao processo econômico, etnia e, no campo político, um padrão institucional consolidado, com garantias democráticas e de cidadania. É um repertório imenso”.
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