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premio-jovem-cientistaO doutorando Francisco Guilherme Esteves Nogueira, do programa de pós-graduação em Agroquímica da Ufla, foi classificado em segundo lugar na categoria Graduado no XXIV Prêmio Jovem Cientista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O concurso premiou pesquisadores de todo o Brasil que desenvolveram trabalhos com o tema “Energia e Meio Ambiente – Soluções para o Futuro”. A entrega das distinções está marcada para 17 de novembro, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O trabalho premiado consiste na obtenção de produtos de interesse industrial, a partir da glicerina, um resíduo resultante da fabricação de biocombustíveis. A tecnologia, pioneira no país, utilizou como catalisador compostos a base do elemento químico nióbio. Da mistura deste produto com o resíduo do biodiesel, Francisco obteve dois resultados: a produção do ácido acrílico, utilizado na produção de tintas, tecidos, adesivos, couro, fibras, detergentes e no tratamento de papel; e um aditivo químico que melhora o rendimento dos combustíveis e diminui a poluição.

Francisco desenvolve esta pesquisa há dois anos. Ele conta que um dos fatores que o motivou no desenvolvimento do trabalho foi à produção cada vez mais crescente de biodiesel no Brasil. “Como conseqüência dessa realidade, uma enorme quantidade de glicerina residual é gerada na sua produção. Só para se ter um exemplo, somente em 2010 foram gerados em torno de 230 mil toneladas. Deste total, grande parte não apresenta destinação adequada”, afirma.

De acordo com o orientador do projeto, prof. Luis Carlos de Oliveira, do Departamento de Química (DQI), o desenvolvimento de trabalhos que criam alternativas para um ambiente sustentável deve ser cada vez mais estimulado. “Outro fator importante a ser destacado é que uma premiação como essa coloca a Ufla entre as melhores universidades do país e evidencia a qualidades das pesquisas do nosso departamento, além de servir incentivo aos alunos”.


O Prêmio Jovem Cientista

A edição deste ano bateu recorde de inscrições: foram 2.158 em todo o país, sendo 233 nas categorias Graduado e Estudante do Ensino Superior, e 1.925 na categoria Estudante do Ensino Médio. O Prêmio foi criado em 1981 e é fruto de parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Gerdau e a Fundação Roberto Marinho (FRM). Tem o objetivo de incentivar a pesquisa no Brasil e é considerado, pela comunidade científica, uma das mais importantes premiações do gênero na América Latina. A entrega da premiação é feita pelo Presidente da República e reúne na cerimônia autoridades governamentais na área da Ciência e Tecnologia, além dos mais respeitados nomes da ciência brasileira.

Os temas escolhidos são sempre de interesse da população e buscam soluções para problemas nacionais. Alguns dos assuntos abordados em anos anteriores foram: "Qualidade dos alimentos e saúde do homem", "Reciclagem de rejeitos industriais", "Saúde da população e controle de endemias", "Oceanos: fonte de alimentos", "Saúde da População - controle da infecção hospitalar" e "Educação".

Assessoria de Comunicação
Universidade Federal de Lavras