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faperj_logoA Fundação anunciou nesta semana novidades no plano de ações de fomento a C,T&I, com foco na internacionalização das atividades do setor. Em recente deliberação do Conselho Superior da FAPERJ foi criada a modalidade de fomento para Estágio de Doutorandos no Exterior, também conhecida como bolsa-sanduíche, e o lançamento de programas de cooperação e intercâmbio com instituições estrangeiras, como INRIA – Institut National de Recherche en Informatique et Automatique, na França; Cepese – Centro de Estudos da População Economia e Sociedade, em Portugal; FCT – Fundação para Ciência e a Tecnologia, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, e IRIS – International Research Institute of Stavanger, da Noruega.
Nova modalidade de fomento: doutorado-sanduíche

O Programa de Estágio de Doutorandos no Exterior vai permitir à FAPERJ priorizar o fomento de redes cooperativas de ensino e de pesquisa entre instituições estrangeiras e estudantes de doutorado matriculados em programas de pós-graduação reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), sediados no estado do Rio de Janeiro, propiciando mobilidade e integração para consórcios e parcerias. Estas bolsas contribuirão com os programas de pós-graduação em seu esforço de internacionalização, elemento necessário para melhorar a qualidade de programas que visem alcançar conceitos mais elevados no processo de avaliação da Capes. A FAPERJ já vem contribuindo para a internacionalização da ciência e tecnologia no estado do Rio de Janeiro, por meio da concessão de bolsas de pós-doutorado e professor visitante, que podem ser pleiteadas por pesquisadores estrangeiros para desenvolverem atividades de pesquisa nas instituições sediadas no Estado. Entretanto, é a primeira vez que a agência fomenta uma modalidade de bolsa que permite a realização de estágio em instituições de excelência no exterior. “Quem já utilizou a bolsa sanduíche sabe o valor que tem para um doutorando ser exposto a um ambiente diferente de pesquisa, em uma instituição de excelência no exterior e, além de incrementar o desenvolvimento da tese com novas metodologias, o impacto cultural é extremamente importante na formação do jovem pesquisador” comenta o diretor científico da Fundação, Jerson Lima. “A bolsa de doutorado-sanduiche também é um elemento importante na formação de novas parcerias internacionais, tendo como elo de ligação um profissional em formação, altamente motivado pela oportunidade que lhe é oferecida”, complementa.

A nova modalidade de bolsa terá duração mínima de quatro meses e máxima de um ano, contando também com um auxílio instalação e ajuda de custo para a aquisição de seguro saúde. A previsão é de que sejam disponibilizadas duas chamadas por ano, uma para inicio no primeiro semestre (março/abril) e outra no segundo semestre (agosto/setembro). O regulamento do programa e a primeira chamada para a submissão de projetos deverão ser disponibilizados já no início de novembro.

Fundação induzirá apoio à programas de cooperação internacional

Já os programas de cooperação com instituições estrangeiras, serão oferecidos em editais específicos, e o primeiro deles, com o INRIA, será divulgado até o início de dezembro. O Edital FAPERJ-INRIA prevê a cooperação entre Brasil e França na área de Tecnologia da Informação e Comunicação, visando estimular o desenvolvimento de novas tecnologias e o aperfeiçoamento de pós-graduandos e docentes. Os projetos conjuntos de pesquisa permitirão o intercâmbio de informações e a produção de documentação especializada e publicações científicas e técnicas, bem como o aumento da produtividade e da qualidade científica por meio da participação de equipes de ambos os países.

De acordo com o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Marques, a parceria atual com o INRIA é o resultado de um diálogo iniciado em 2009, quando o diretor de pesquisas do instituto francês, Pierre Deransart, apresentou uma proposta de acordo de cooperação à diretoria da FAPERJ. A aliança veio ao encontro dos anseios da diretoria da Fundação, que tem procurado ampliar cada vez mais a cooperação com instituições nacionais e internacionais. Várias outras fundações de amparo e pesquisa do país, com o apoio do Confap – Conselho Nacional de Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa – firmaram acordos semelhantes com o INRIA e lançarão seus editais também em dezembro.

“Este é um movimento que a FAPERJ deverá seguir, o de celebração de acordos com instituições estrangeiras, no sentido de ampliar as relações com instituições de pesquisa de outros países, da mesma forma como já vem acontecendo, com sucesso, nos acordos com agências e instituições nacionais, que já produziram importantes programas de cooperação e desenvolvimento conjunto, como os das Redes para estudo da malária, da dengue e da tuberculose, e de Biocombustíveis de Segunda Geração”, destaca Marques. “Também vimos conversando com a Capes e o CNPq, no sentido de participarmos de chamadas internacionais por eles lançadas, visando possibilitar o maior apoio à comunidade do nosso Estado”, complementa.

O mesmo princípio do acordo com o INRIA rege os acordos já firmados com o FCT e o Cepese, prevendo mobilidade de pesquisadores e estudantes de graduação e de pós-graduação para o desenvolvimento de projetos por temas induzidos de interesse de ambos os países. Já na próxima semana, um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) participará de um seminário no Cepese, como um início de uma cooperação entre as instituições. Espera-se que, já em 2011, sejam lançados os primeiros programas de participação conjunta entre a FAPERJ e as instituições lusitanas.

O acordo mais recente em tramitação é com o IRIS, da Noruega, visando ao desenvolvimento de parceria em diversas áreas de conhecimento, em fase de negociação.

Assessoria de Comunicação FAPERJ