Durante a cerimônia de inauguração, as autoridades governamentais visitaram algumas instalações do Cenpes, entre elas o Laboratório de Física de Rochas, destinado ao estudo do pré-sal, e o Núcleo de Visualização Colaborativa (NVC), ambiente para desenvolvimento de projetos com simulação tridimensional.
Para a universidade, o Cenpes se configura em um espaço de complementação do ensino, onde estudantes podem aplicar, na prática, os ensinamentos obtidos em sala de aula. Já para a estatal brasileira, a proximidade com a expertise acadêmica é crucial. “A relação entre o Cenpes e a UFRJ não é de locador e locatário. É uma relação de parceria para a construção de um país inteiramente novo”, ressaltou o reitor Aloísio Teixeira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou a iniciativa e enfatizou que ela é parte da proposta de Ciência e Tecnologia, idealizada pela comunidade científica e concretizada pelo Ministério de C&T, que destinou cerca de R$ 41 bilhões para a pasta. “O Cenpes dá direito aos gestores do Rio de Janeiro de dizer ao mundo que esse é um estado tecnológico, porque este centro é o maior do hemisfério sul. Valeu a pena a gente acreditar na indústria nacional, na mão-de-obra nacional e na geração de emprego e renda no Brasil”, observou.
A Petrobras está na Cidade Universitária desde 1973, quando foram construídas as primeiras instalações do Cenpes. Com a ampliação, mais de 300 mil m2 do campus serão utilizados pelo centro para promover pesquisas com ecoeficiência e sustentabilidade.
Apelo por novo hospital
Durante seu discurso, o reitor Aloísio Teixeira pontuou avanços conquistados pela Educação nos últimos anos. Segundo ele, o Ensino Superior passa por uma revolução: “Quando eu assumi a Reitoria da UFRJ, em 2003, nossos recursos eram da ordem de 40 milhões de reais para o custeio e zero para investimentos. Ano que vem, deixo a direção da universidade com um orçamento de 200 milhões de reais anuais para custeio e 90 para despesas de capital”, destacou.
Aloísio lembrou também que a ala sul do Hospital Clementino Fraga Filho (HUCFF), desocupada desde a criação do prédio, em 1978, será implodida no próximo dia 19 de dezembro. O reitor aproveitou a oportunidade para interceder junto ao presidente Lula por um novo hospital. “Não se trata apenas de destruir um prédio, mas de rever nossa concepção de ensino médico. Queremos construir um hospital novo e uma palavra sua poderá nos dar garantias de que esse projeto sairá do papel”, concluiu.
ALINE DURÃES - OLHAR VIRTUAL