Atuando na área de catálise heterogênea e transformação de celulose em insumos químicos, Rinaldi esteve também no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), onde realizou seu primeiro pós-doutorado, finalizado em 2007.
Segundo ele, o Sofja Kovalevskaja, uma das distinções acadêmicas mais valiosas na Alemanha e no mundo, permite aos agraciados a realização de trabalhos de pesquisa em condições únicas.
“Podemos passar cinco anos trabalhando em um projeto de pesquisa em uma universidade ou instituto na Alemanha e construir nossos próprios grupos de trabalho, de forma independente e livre de restrições administrativas”, disse Rinaldi à Agência FAPESP.
A cerimônia de entrega será realizada no dia 9 de dezembro, em Berlim. O brasileiro já recebeu parte dos recursos do auxílio, cujo montante total equivale a R$ 3,8 milhões. “Com os recursos estou montando meu grupo de pesquisas em biocombustiveis no Max Planck”, afirmou.
Os vencedores são pesquisadores proeminentes em estágio inicial na carreira. Todos têm entre 29 e 38 anos de idade. “O objetivo do auxílio é integrar pesquisadores de alto nível internacional à academia alemã, beneficiando tanto a instituição local de pesquisa como esses jovens pesquisadores que têm projetos promissores”, explicou.
O auxílio existe desde 2002 e está em sua quinta edição. “Esta é a primeira primeira vez que um pesquisador de formação acadêmica brasileira recebe o Sofja Kovalevskaja. Em geral, os escolhidos são provenientes dos grandes centros da Europa e dos Estados Unidos. Portanto, o reconhecimento, dado a mim por meio desse prestigioso apoio, estende-se também ao meu berço científico: o Instituto de Química da Unicamp”, destacou.
Para Rinaldi, a distinção coloca em destaque a excelência das universidades paulistas na formação de recursos humanos de alta qualidade. “Reitero ainda a importância da FAPESP no suporte das minhas atividades acadêmicas”, disse.
Mais informações: www.humboldt-foundation.de
Agência FAPESP