Marina destacou sua satisfação em participar de “um debate, e não de um embate”, em referência à dinâmica do evento, que não previa perguntas entre candidatos e suscitação de provocações, para valorizar um diálogo sobre propostas e soluções.
Segurança, aborto e o pré-sal foram alguns dos temas abordados nas questões do segundo bloco, realizadas por representantes de algumas entidades promotoras do debate (ABRUC, ANEC e CNBB). Os candidatos foram enfáticos e divergiram em diversos momentos sobre esses e outros assuntos. Paralela às polêmicas, a maior parte dos questionamentos girou em torno da educação, desigualdade e desenvolvimento social. Nesse sentido, os presidenciáveis puderam apresentar suas propostas e políticas para cada um desses temas.
Plínio destacou sua convicção em levar educação de qualidade às classes mais baixas e Dilma lembrou o sucesso de programas voltados para esta finalidade desenvolvidos nos últimos oito anos. Serra reforçou a importância de se discutir a democracia e o acesso à informação. Marina, por sua vez, falou sobre o papel do Estado no combate à desigualdade e a necessidade de se desenvolver ações em diversas frentes para melhorar as condições de educação, moradia e renda da população.
Corrupção foi outro assunto aguardado pelo público que foi abordado no debate. A pergunta foi feita pelo estudante de direito da UCB, Rildo Sico Almeida, a Dilma Roussef. “Você permitirá a presença de ficha suja no seu governo?”, a candidata respondeu “Não, não permitirei!” e provocou a reação do publico presente. Plínio de Arruda comentou a resposta e alfinetou “Dilma está em uma situação difícil. Quando a ideologia deserta, a ética vai em seguida”. Na sua réplica, Dilma finalizou o assunto afirmando que nunca foi acusada de nenhum ato indevido.
No debate, cada candidato respondeu a três perguntas, sendo uma delas igual para todos eles. E puderam comentar, da mesma forma, as respostas de outros participantes. O comentário dava direito à réplica do candidato indagado. Nesses momentos a interação com a plateia foi o diferencial do evento. Com a presença de cerca de 600 pessoas, entre comunidade acadêmica, coligações partidárias, imprensa, e convidados, muitas vezes foram arrancados risos e aplausos diante das declarações dos participantes.
O evento foi uma iniciativa da Universidade Católica de Brasília, Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (ABRUC), Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) e Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Demos um fantástico exemplo para nossos companheiros de outras instituições, para o público presente e demos um extraordinário presente para o nosso país.”, comemorou o reitor da UCB, Pe. Romualdo Degasperi.
O evento foi transmitido pela Rede Vida e, através de sinal aberto, por uma série de Rádios e TVs católicas, além da TV Câmara e TV Senado. Diversos sites também realizaram a transmissão ao vivo, via internet.