A conferência será no dia 27 de setembro, às 10h, no Auditório Vera Janacopulos, no campus Reitoria. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público ouvinte, e estão concentradas no Auditório Vera Janacopulos e no Prédio da Enfermagem, ambos no campus Reitoria – Av. Pasteur, 296, na Urca.
Um dos destaques da programação, a Tenda do Cuidado: Corpo, Cuidado, Gerência e Ensino convida o médico sanitarista francês Dr. Eytan Ellenberg para um “bate-papo” com o público no dia 27 de setembro, das 14h às 17h, no Auditório Vera Janacopulos. Consultor médico da área de Desenvolvimento da Home Care no Air Liquide Santé International, Ellenberg vai discutir a importância de uma visão mais humana sobre o doente e a necessidade de tratá-lo de forma global, através da escuta e da compreensão de seus medos, expectativas e esperanças. “A EEAP é uma escola que foi implantada desde seu início para atender a um determinado tipo de população que estava em sofrimento. Marcada por um conhecimento francês que tem na sua base fundamental o cuidado, a Escola vem pensando o sujeito não mais como paciente, mas um sujeito com direitos e deveres de receber cuidado”, destaca a Profa. Dra. Nébia Maria Figueiredo, Diretora da EEAP.
Três oficinas terapêuticas em saúde mental serão realizadas, no dia 28 de setembro, com o objetivo de utilizar recursos artísticos e expressivos para abordar assuntos do cotidiano em pacientes com doenças mentais. A Dra. Nadja Cristiane Lappann Botti, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), vai ensinar a técnica de stop motion que utiliza com pacientes psicóticos em Minas Gerais. Já a Dra. Maria Aparecida Nascimento da EEAP/UNIRIO vai trabalhar com a expressão corporal explorando as sensações do corpo e técnicas de relaxamento. Recursos de recorte e colagem atrelados à palavra escrita serão ensinados pela Dra. Claudia Mara Melo Tavares, da Universidade Federal Fluminense (UFF). As oficinas ocorrem das 14h às 17h, nas salas 305, 307 e 302 da EEAP (Rua Xavier Segaud, 290 – Urca).
A EEAP recebe, ainda, dois encontros relevantes do campo da enfermagem. No dia 28 de setembro, ocorre a abertura do V Encontro de Enfermagem em Saúde Mental que reúne especialistas para debater temas relativos a cuidado, formação profissional e ensino na área psiquiátrica. No dia 29, serão realizados o VIII Encontro de Professores e Pesquisadores de Historia da Enfermagem. Os dois encontros acontecem das 9h às 12h, no Auditório Vera Janacopulos. “Os 120 anos da EEAP demarcam a construção de uma profissão que nasce sob a égide de uma prática empírica e avança, passando por diversos momentos políticos e sociais, para hoje se constituir numa prática científica”, conclui a Profa. Dra. Nébia Maria Figueiredo.
História da EEAP
Com a implantação da República do Brasil, o Hospício Pedro II foi desvinculado da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro e passado para a administração federal, sob a jurisdição do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, recebendo a denominação de Hospital Nacional dos Alienados. Como o novo regulamento estabelecia a exclusão das irmãs de caridade das enfermarias da instituição, a carência de enfermeiras levou a direção do Hospital a criar, em 27 de setembro de 1890, a Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados.
Com origem na Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados, criada nas dependências do Hospital Nacional dos Alienados, a EEAP, além de atuar na formação de profissionais capacitados para lidar com doentes mentais, teve papel fundamental no tocante à profissionalização das mulheres e no desenvolvimento da enfermagem brasileira. Em 1921, a portaria de 1º de setembro de 1921, expedida pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Alfredo Pinto Vieira Melo, dividiu a Escola nas seções masculina, feminina e mista. A feminina passou a funcionar na Colônia do Engenho de Dentro e recebeu o nome de Escola Profissional de Enfermeiras Alfredo Pinto em homenagem ao ministro que regulamentou sua criação. Em 1942, a seção feminina se transfere para a Praia Vermelha e se funde com Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados, passando a ser Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, voltada para formação de enfermeiras e enfermeiros. Em 1969, a EEAP passa a integrar a Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado da Guanabara; e, em 1975, por conta da fusão do Estado da Guanabara com a o Estado do Rio de Janeiro, a Escola passou a integrar a Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro. Em 1979, a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto foi uma das oito escolas de ensino superior originais da então recém-criada Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Coordenação de Comunicação da UNIRIO