Os empresários da Química Limpa irão desenvolver projeto de pesquisa sobre a utilização de resíduos agrícolas, como a casca de arroz, soja, pinhão e eucalipto, para o tratamento de efluentes. Pierre Weinmann, químico industrial e um dos sócios da empresa, explica que esses resíduos têm poros capazes de absorver alguns tipos de metais ou poluentes. "Se utilizarmos a mistura dessas cascas, poderemos aumentar a capacidade de retenção dos contaminantes", explica Weinmann. Com o resultado, a empresa deverá ampliar sua atuação alcançando indústrias que gerem efluentes líquidos, como curtumes, indústria alimentícia e abatedouros, por exemplo.
Marlize explica que, atualmente, as indústrias fazem esse tratamento por meio do carvão ativado comercial. "No entanto, o uso das cascas, além de aproveitar um resíduo que seria descartado na natureza, poderá apresentar menor custo que o carvão ativado", observa a professora. Os resíduos utilizados na pesquisas serão obtidos no Estado, reduzindo ainda custos com transporte. A empresa, em parceria com a instituição de pesquisa, tem dois anos para apresentar resultados do projeto.
A Química Limpa também trabalha com a recuperação do solvente utilizado na indústria gráfica. Com uma miniestação desenvolvida pela empresa, é possível recuperar cerca de três litros de solvente a cada três horas, em temperatura de aproximadamente 100 graus. Durante o processo, são observadas a permanência das propriedades do produto e a capacidade de remover tinta após inúmeras recuperações. Até o momento, os empresários da Química Limpa informam que não encontraram limites para a recuperação nem a perda na eficácia do solvente.
Assessoria de Comunicação Social - PUCRS / ASCOM