A QS também divulgou o próprio ranking na semana passada, em que a Unicamp subiu três posições, ficando na 292ª. Enquanto THE-QS, a Unicamp figurou na lista das Top 200 em 2007 (saltando da 448ª para a 177ª).
Segundo o professor Edgar De Decca, coordenador geral da Universidade, a troca da QS pela Thomson Reuters – a maior agência de notícias e multimídia do mundo – para realizar a compilação dos dados, foi decisiva para o salto da Unicamp no ranking da THE. “Pela primeira vez pudemos participar diretamente da composição das informações. A CGU, com o auxílio das pró-reitorias, consolidou dados muito atualizados junto às bases da Thomson, oferecendo à agência um sólido perfil da Unicamp de hoje, em todos os níveis”.
As tabelas para o ranking de universidades da Times passaram a empregar 13 indicadores de performance, quando apenas seis eram utilizados anteriormente. Também foi reduzida a ênfase sobre a reputação e o legado das instituições – o peso exagerado dado à opinião de especialistas foi o pomo da discórdia com a QS – e ampliada a base de evidências acadêmicas. Entre os itens avaliados estão o ambiente favorável ao aprendizado (peso de 30%), citações das pesquisas por outros autores (32,5%), volume e reputação das pesquisas (30%), internacionalização (5%) e inovação (2,5%).
Edgar De Decca considera que os níveis de pesquisa, a produção de teses e a relação entre número de pesquisadores e publicações científicas certamente contribuíram para a boa evolução da Unicamp no ranking da THE. “Talvez tenham pesado contra nós o baixo índice, ainda, do intercâmbio de alunos e professores com outros países, bem como da colaboração internacional no plano da pesquisa. O importante é observar que, na nota global, a diferença que nos separa das Top 200 é de menos de um ponto. Além disso, olhamos os rankings sempre de maneira cautelosa: na verdade, são faróis que devemos mirar em busca do nosso padrão de qualidade e excelência”.
A propósito, o coordenador geral da Unicamp elogiou o artigo publicado na revista britânica e assinado por Phil Baty, editor-adjunto da THE World University Rankings. Em “Os gols virão”, o autor aponta as deficiências que impedem as universidades da América Latina de se inserir entre as 200 melhores, mas aponta “pontos luminosos” – “Talvez só no Estado de São Paulo possa haver universidades de classe mundial”, escreve, em referência a Unicamp, USP e Unesp, as três únicas instituições brasileiras que estão no ranking da THE.
Phil Baty cita ainda um relatório da própria Thomson Reuters ressaltando que a cota de trabalhos científicos internacionais da América Latina subiu de 1,7% em 1990 para 4,8% em 2008. “Em 1981, quase 2.000 trabalhos tinham o endereço de um autor no Brasil. Em 2008, o número foi cerca de 20.000”. [Leia o artigo na íntegra].
Comunicação Social
Unicamp
Leia mais: O ranking completo das 200 melhores universidades do mundo 2010/2011 ("The Times Higher Education" - considerado o mais prestigiado internacionalmente)