O historiador De Decca, que foi o primeiro docente a usufruir da cátedra, recebeu nesta quarta-feira (15) a professora Maria de Lurdes Rodrigues, que também veio pelo convênio à Unicamp para logo em seguida se tornar ministra da Educação de Portugal. Houve uma primeira reunião da visitante e com docentes do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), mas o coordenador geral adiantou que o espectro do novo acordo será bem mais amplo. “Ele vai envolver toda a área de ciências sociais (história, antropologia, sociologia, ciência política, filosofia, demografia) e ainda arquitetura e economia. É um projeto para incrementar a área de humanidades”.
O ISCTE, por sua vez, foi a primeira iniciativa de Portugal, em nível do ensino superior universitário, visando desenvolver cursos cujo objeto central é o estudo das questões relacionadas às problemáticas da administração social do Estado e das empresas, com programas em ciências de gestão, ciências sociais e ciências tecnológicas. “ISCTE e Unicamp são instituições que possuem características semelhantes: a primeira nasceu na Revolução dos Cravos, com uma visão progressista para pensar o futuro da sociedade portuguesa a partir da redemocratização; e a nossa foi criada durante um governo militar, com o projeto de pensar um Brasil democrático”, observa Edgar De Decca.
Na expectativa de desencadear o Convênio Brasil-Portugal até o início do próximo ano, o coordenador geral da Unicamp afirma que o momento é buscar os patrocinadores. “A Cátedra anterior foi financiada principalmente pela Portugal Telecom e pelo empresário luso-brasileiro André Jordan. Acreditamos que tenham interesse em colaborar com o novo projeto, assim como o Santander, que vem dando ênfase a convênios não apenas com a Espanha, mas também com Portugal e países latino-americanos”.
A professora Maria de Lurdes Rodriguez, que vai ser a principal intermediadora do acordo pelo ISCTE, também está à frente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, que financia muitos projetos institucionais de desenvolvimento em Portugal e nos Estados Unidos e também na África de língua portuguesa. “Não quis ficar exclusivamente na fundação e voltei a dar aulas no ISCTE, do qual fiquei quase seis anos de afastamento e é onde realmente me sinto em casa”.
Comunicação Social
Unicamp