O projeto foi desenvolvido de março de 2009 a fevereiro de 2010 no município de São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo principal era construir um diagnóstico da produção de hortaliças na bacia do córrego Farofas, tendo como marco teórico o tripé da sustentabilidade. “Os objetivos secundários voltaram-se para levantamentos sobre as características físicas, bióticas e socioeconômicas colhidas em agências estatísticas e levantadas a campo em visitas realizadas na área de estudo, gerando um levantamento de aspectos e impactos com possíveis intervenções para que se alcance uma condição mais próxima do desenvolvimento sustentável”, afirma a professora Eliane.
“Após a finalização do projeto, foi possível perceber que o crescimento da população inserida na bacia hidrográfica, ao longo dos anos, gerou o aumento das terras cultivadas e das aglomerações urbanas. Tal fator desencadeou alterações no meio físico, social e ambiental. Além disso, foi possível identificar que a região em estudo não se enquadra no padrão de sustentabilidade”, explica a aluna Helen Vaz.
A partir da elaboração e apresentação dos dados que comprovam a insustentabilidade da produção rural será possível desenvolver projetos com alternativas para aliar o desenvolvimento sustentável às necessidades da população local. “Quando os pequenos produtores conhecem sua realidade e as reais necessidades da sustentabilidade podem se organizar de forma mais consciente e obter bons resultados”, destaca a orientadora da pesquisa.
O projeto foi desenvolvido a partir do anseio dos produtores de restaurar as condições ambientais associadas à melhoria sanitária, conservação do solo e das águas e recuperação da vegetação na área da bacia do córrego Farofas. Os órgãos governamentais têm, a partir da elaboração deste projeto, dados que comprovam a necessidade de investimentos nos meios físico, social e ambiental.
“Essa experiência foi uma grande oportunidade de aprendizado e aperfeiçoamento como estudante e como profissional. A universidade nos ensina o básico, quais caminhos devemos trilhar, mas a prática e/ou elaboração de um projeto completa o aprendizado”, afirma Helen Vaz.
Em 2009, os alunos Caetano Aliani e Mariana Miranda, também do curso de Engenharia Ambiental, venceram na mesma categoria com o projeto “Desenvolvimento metodológico para avaliação e espacialização da dinâmica hidrológica de rios e reservatórios e dos impactos ambientais associados – Estudo de caso do rio Xingu e do reservatório de Furnas”, orientado pelo professor Marcelo de Ávila Chaves e co-orientado pela professora Renata Silvino. Em 2008, a aluna de Engenharia Ambiental, Patrícia Pena Aranha de Castro, conquistou o 2º lugar no Prêmio Funadesp, na categoria "Ciências Exatas, da Terra e Engenharias", com o trabalho "Diagnóstico das Águas Superficiais do córrego do Navio - Belo Horizonte".
A solenidade de entrega do “Prêmio Funadesp de Iniciação Científica 2010” acontece em Aracaju, Sergipe, durante o “XI Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa” e “V Encontro Nacional do Fórum de Extensão das Instituições Particulares de Educação Superior”. Anualmente, a Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular - Funadesp atribui a alunos de iniciação científica participantes de projetos de pesquisa das instituições de ensino superior conveniadas o primeiro e segundo lugares em três áreas do conhecimento: “Ciências Exatas, da Terra e Engenharias”, “Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde”, e “Ciências Humanas e Sociais, Letras, Lingüística e Artes”.
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Universidade FUMEC