Criado em 2006, o INCLUSP dedica-se à ampliação do ingresso de alunos de escolas públicas na Universidade, além de apoiá-los em sua permanência com ações de largo alcance antes, durante e após o vestibular.
A ideia de promover o contato de docentes da Universidade com jovens do ensino médio das escolas estaduais partiu do coordenador do Programa de Avaliação Seriada (PASUSP), que também faz parte do rol de ações do INCLUSP, Mauro Bertotti. Para ele, o programa Docentes Embaixadores é muito propício porque também dá ao professor condições de acompanhar, com propriedade, a complexidade das ações do INCLUSP.
“Os docentes passam a entender melhor os problemas do ensino fundamental e médio, e a relação deles com a USP, podendo analisar com precisão as soluções de inclusão da Universidade”, afirma Bertotti. “O inequívoco valor da experiência amplia o repertório da abordagem que os docentes fazem junto aos alunos do ensino público, transmitindo a eles muitas informações essenciais sobre a USP. Com isso, fazem toda a diferença”.
Aposentada na Faculdade de Economia e Administração (FEA), a professora Nena Jeruza Cei definiu que comparecerá, dentro do programa Docentes Embaixadores, à Escola Estadual Architiclinio Santos, em São Paulo. “Gostei muito da proposta deste programa, achei o máximo”, comemorou Nena. A professora aposentada acredita que os professores podem e devem participar sempre de atividades que sejam úteis à sociedade. Segundo ela, conhecida carinhosamente pelos alunos de graduação como “Mãe da Creche”, o ensino de qualidade no ensino médio e nos primeiros anos de faculdade é essencial para que se tenha, posteriormente, uma pós-graduação de bom nível.
A Escola Estadual Fernão Dias, também localizada na cidade de São Paulo, foi a escolhida pela pesquisadora e professora da Faculdade de Saúde Pública (FSP), Frida Marina Fischer. Nela, Frida já realizou pesquisas importantes com adolescentes que estudam e trabalham, quando pôde observar cientificamente as consequências, para a saúde deles, de aspectos como sono e fadiga. “Creio que o INCLUSP permite aos jovens, na maioria, originários de famílias de baixa renda, entrar numa universidade pública de qualidade”, afirma a professora. “Foi possível observar, ao realizar essas pesquisas, os grandes esforços que, principalmente, alunos que estudam e trabalham têm de fazer para poder frequentar a escola no período noturno e ter um bom aproveitamento escolar”.
Presidente da Editora da USP (EDUSP) e professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA), Plinio Martins Filho, credita ao foco no mérito a maior das virtudes do Programa de Inclusão da Universidade. “Os bons alunos de escola pública têm mais chances hoje do que na minha época em chegar à USP”, avalia Martins Filho. Na condição de um dos principais editores de livros do país, Plinio pretende recomendar muita leitura aos jovens alunos do ensino médio. “Em geral, quem entra na Universidade tem na família um histórico de grande contato com a leitura. O livro é muito importante para a formação das pessoas. Quem lê bastante terá mais chances de se sair bem no ensino superior”, diz o editor e professor.
Outro professor aposentado que vai participar do programa Docentes Embaixadores é Valdemar Setzer, vinculado ao Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. Aos alunos,
Setzer deve explicar o que significa cursar um bacharelado em ciência da computação, empenhando-se para que eles tenham a percepção de que tiveram contato, de fato, com informações que lhes podem ser úteis para chegar à USP.
Assessoria de Imprensa da Reitoria da USP