O aumento de recursos para a Capes deve-se, entre outros fatores, à expansão qualificada da pós-graduação, ao reajuste do valor das bolsas de estudos e à expansão da oferta de bolsas, além das novas atribuições que a entidade assumiu há cerca de 18 meses. Estão entre essas atribuições a responsabilidade pelo Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica e a gestão da Universidade Aberta do Brasil (UAB).
Segundo o ministro, a missão da Capes de formar professores do ensino básico abre caminho para a expansão da pós-graduação. Haddad lembrou que dos dois milhões de professores que atuam na educação básica, 30 mil têm mestrado ou doutorado, o que representa 1,5% da categoria. À medida que mais docentes fizerem a graduação, a procura por cursos de mestrado e doutorado será o caminho natural e um novo desafio para a instituição.
O programa de formação de professores assegura vaga gratuita em universidades públicas e particulares, com o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). “O professor que contratar o financiamento para um curso de licenciatura terá o empréstimo quitado pelo governo”, disse o ministro.
A expansão das instituições federais de educação superior para o interior do país também vai exigir mais vagas nos programas de pós-graduação. Hoje, de acordo com o ministro, 116 cidades receberam campi, que abriram vagas nos turnos diurno e noturno. Para o Haddad, os estudantes que chegarem ao fim dos cursos vão buscar qualificação depois de graduados.
O aumento do número de professores nas universidades federais é outro reflexo da expansão. O total de efetivos subiu de 48 mil para 70 mil. Esse contingente tem, no mínimo, mestrado — a maioria tem doutorado. “Vivemos um momento excepcional da pós-graduação”, afirmou Haddad.
Na última semana de avaliação dos programas de pós-graduação da Capes, os consultores vão examinar cursos nas áreas de administração, arquitetura e urbanismo, ciências e turismo, ciências aplicadas, direito, economia, engenharias, planejamento urbano e regional, serviço social e saúde coletiva.
Avaliação internacional — O ministro apresentou aos consultores dados positivos também sobre o ensino médio. Ele adiantou que o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que afere o desempenho de estudantes de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências, aplicado em 2009, põe o Brasil no ranking dos três países que mais cresceram na década. Isso significa, na avaliação do Ministério da Educação, que as metas do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (PDE) podem ser atingidas em 2022.
A meta nacional do PDE é alcançar seis pontos, numa escala até dez. O Pisa é desenvolvido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O resultado das provas de 2009 deve ser divulgado em dezembro próximo.
Assessoria de Imprensa
Ministério da Educação