“Beneficiar pequenos agricultores e incentivar a produção agrícola sustentável são os desafios que impulsionam a engenheira agrônoma carioca Fátima Maria de Souza Moreira, 57 anos: “É preciso tirar o conhecimento do mundo fechado dos laboratórios e popularizá-lo’’, defende a professora da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais. Fátima e sua equipe investigam a melhor maneira de aumentar a produtividade do solo utilizando minhocas, cupins, ácaros, fungos e bactérias. Um exemplo é o estudo com o feijão-caupi, consumido por populações de baixa renda. Usando bactérias capazes de captar o nitrogênio do ar e fixá-lo nas raízes das plantas, ela conseguiu que a produtividade desse feijão aumentasse de 500 para até mil quilos por hectare.
Graças a essas bactérias, os agricultores dispensaram o adubo químico e melhoraram a qualidade e lucratividade das plantações. Fátima também organizou a cartilha Curumim e Cunhatã Ajudando a Biodiversidade do Solo, que tem linguagem simples, é distribuída nas comunidades agrícolas e mostra a importância da biodiversidade do solo para a sustentabilidade dos ecossistemas.
A cartilha foi elaborada com textos de 19 cientistas do projeto internacional Conservação e Manejo Sustentado da Biodiversidade do Solo, do Programa Ambiental das Nações Unidas, que reúne profissionais de sete países tropicais: Brasil, Costa do Marfim, Índia, Indonésia, Quênia, México e Uganda. Aqui, ele é chamado BiosBrasil e Fátima foi a pesquisadora escolhida pelas Nações Unidas para coordená-lo”.
Assessoria de Comunicação Social
Universidade Federal de Lavras