Segundo assessoria de comunicação do Cespe, a realização das provas foi tranquila e não houve nenhum imprevisto. No sábado foram aplicadas as provas de língua estrangeira, de Ciências Humanas (Português, Literatura Portuguesa, Geografia, História, Artes, Filosofia e Sociologia) e de Redação. No domingo foi aplicada a prova de Ciências Exatas (Biologia, Física, Química e Matemática). Os candidatos tiveram cinco horas, em cada dia, para responder às questões.
Este vestibular trouxe algumas novidades. Foi aberta a participação de treineiros, que fazem a prova apenas para testar seus conhecimentos e não têm direito à vaga na universidade. A nota mínima de redação passou de 3 para 4 pontos. O tema do exame foi “O cotidiano, considerada a dualidade vida e morte, pode ser um espaço de criação ou de cópia”.
TENTATIVAS - Lara Barbosa, 19 anos, prestou seu quarto vestibular da UnB. Nas tentativas anteriores, tinha tentado o curso de Medicina. Desta vez, optou pela Faculdade UnB Gama de Engenharia. “Achei esta prova mais fácil do que as outras porque já estou no cursinho há um ano e meio. Na verdade, acho que o nível tem sido mantido”, declara. Lara conta que gostou do tema da redação. “Escrevi sobre as influências greco-romanas no neoclassicismo. A importância da cópia para uma nova criação”.
Já Mariana Gama, acredita que a redação será seu maior adversário na luta por uma vaga na universidade. A candidata prestou seu 6º vestibular da UnB e apostava em um tema subjetivo, mas ficou surpresa com a abrangência da proposta. “O tema abriu espaço para muitas interpretações e isso me preocupou um pouco. Tive medo de fugir ao tema e de não conseguir expressar uma ideia clara”, explica. “A redação foi o que mais me incomodou e me deu mais medo. Ainda mais que aumentou a nota de corte”.
Assim como Lara, Mariana abandonou a vontade de cursar Medicina. Agora ela briga por uma vaga no curso de Gestão de Políticas Públicas. Nas outros cinco, escolheu Medicina. “Desisti da Medicina. Um pouco por vocação e também porque eu cansei”, afirma. “Comecei a questionar a profissão e achei que não era pra mim”. A candidata está feliz com a nova escolha. “Estou mais tranquila. Quando eu escolhi Medicina, tirei um peso das costas. Mas agora que decidi que não quero o curso, tirei um peso maior ainda”.
VETERANOS - O candidato Bruno Ramos Maciel tem 32 anos é músico profissional. É formado em Administração e Marketing e já cursou um ano de Veterinária. A última vez que prestou um vestibular da UnB foi há 13 anos. Ele achou a prova diferente, mas acredita que a mudança é positiva. “O vestibular mudou muito. Antes, as matérias eram separadas, agora é tudo misturado. Às vezes você sabe resolver a questão, mesmo sem saber de qual disciplina ela é”, afirma.
Bruno prestou vestibular para licenciatura em Música. Na prova de habilidade específica, escolheu guitarra. É a primeira vez que o Departamento de Música dá a opção do aluno fazer o exame em instrumentos populares. “O universo da música popular aumentou muito. A ideia é acompanhar esses avanços”, explica Renato Vasconcellos, coordenador de graduação do Departamento de Música. “É preciso possibilitar ao professor o uso de instrumentos da música popular no ensino”.
UnB Agência