O Propalma visa a promover o domínio tecnológico e a domesticação para incorporar e utilizar palmáceas selecionadas pela sua densidade energética e distribuição territorial como matérias-primas para a produção comercial dos óleos. Além disso, busca remover os gargalos tecnológicos para o aproveitamento econômico de co-produtos e resíduos inserindo as regiões de ocorrência dessas palmáceas na geopolítica de produção de bicombustíveis (biodiesel, etanol e carvão vegetal), adubos e rações.
De acordo com o coordenador do projeto, o pesquisador da Embrapa Agroenergia Leonardo Bhering, serão avaliadas quatro palmeiras oleíferas potencialmente viáveis para a produção do biodiesel. “O projeto reforçará as pesquisas com o babaçu, o tucumã, o inajá e a macaúba. Acredita-se que pode ser um grande avanço nas pesquisas dessas espécies, melhorando a diversidade e também fornecendo subsídios para delinear estratégias de condução dos cultivos ou do extrativismo sustentável, com aumento da produção e domesticação”, declara Bhering.
O pesquisador ressalta, ainda, que as espécies foram escolhidas pelo elevado potencial de produção de óleo, pela produção de biodiesel com matérias-primas regionais e pelo incentivo aos Arranjos Produtivos Locais (APL), podendo ser uma nova fonte de renda para os agricultores familiares. O estabelecimento de APL’s pode atender à necessidade de suprimento contínuo de matérias-primas para a produção de biodiesel e otimizar o uso da terra e o balanço energético global. “Nesse tipo de APL é vantagem a formação de associações ou cooperativas de produtores que instalem unidades de esmagamento das matérias-primas”.
As ações do projeto, financiado pela Finep e aprovado em junho deste ano, serão desenvolvidas em todas as regiões do país, especialmente nos estados do Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Piauí, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. Participam das pesquisas a Embrapa Agroenergia e outras unidades localizadas em diversas regiões do pais: Amapá (Macapá), Amazônia Ocidental (Manaus/AM), Amazônia Oriental (Belém/PA), Cerrados (Brasília/DF), Roraima (Boa Vista), Meio-Norte (Teresina/PI), Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro/RJ) Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília/DF). Entre as universidades parceiras estão as federais de Lavras, do Maranhão, de Minas Gerais, de Viçosa, de Brasília, do Paraná e do Piauí; e a Universidade Estadual de Montes Claros.
Assessoria de Comunicação Social
Universidade Federal de Lavras