Além da economia de tempo e dinheiro, a novidade pode ser uma forma de estimular o convívio social e reforçar o conceito de mobilidade sustentável. “É importante lembrar que o serviço visa atender pessoas do Fundão, da Praia Vermelha e de todos os demais campi da UFRJ.”, destaca Fábio.
Embora a ideia do CarUni não seja inédita, a proposta dos alunos da Poli/UFRJ possui diferenciais decisivos para o sucesso. O site busca fugir de falhas encontradas em tentativas de outras universidades, como centrais telefônicas, grupos de e-mails ou comunidades em sites de relacionamento. Apesar de terem o mesmo princípio, todas estas ferramentas esbarravam na mesma questão: a segurança de seus usuários. “Só podem se cadastrar no CarUni pessoas com e-mails institucionais, terminados em ufrj.br. Quem tem este e-mail é vinculado à universidade e pode ser identificado.”, explicam os estudantes.
Além disso, o CarUni se preocupa em ser baseado na rotina dos usuários, diferentemente da maior parte dos sites de carona, que trabalham com necessidades esporádicas. “O usuário cadastra o horário em que sai de casa ou da faculdade. Pode-se solicitar apenas a carona de ida ou de volta. Também é importante lembrar que o destino de ida e a origem da volta são, invariavelmente, um dos campi da UFRJ, mais uma prova de que o sistema é só para membros da comunidade universitária.”, ressalta Thiago de Carvalho.
Para o diretor da Poli/UFRJ, Prof. Ericksson Almendra, a ideia é criativa e traz vantagens tanto para a universidade como para o Rio de Janeiro, pois reduz a quantidade de carros em circulação. “O CarUni torna mais fácil um mecanismo que já foi muito utilizado. Quando eu estudava na Poli, na década de 1970, as caronas eram comuns e funcionavam bem. Eu mesmo tenho pensado em parar de dirigir quando deixar a diretoria e voltar a ter horários de chegada e saída do trabalho. Caronas são uma boa alternativa, sim”, finaliza o diretor.