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A Universidade de Brasília concorre para ser a sede do Instituto de Estudos Europeus no Brasil. A unidade será um órgao oficial da União Europeia no Brasil, com o objetivo é fomentar pesquisas e estreitar relações entre os continentes, promover intercâmbios acadêmicos e formar uma rede de instituições destinadas à pesquisa sobre assuntos europeus em todo o território brasileiro. O edital lançado pela Delegação da União Europeia no Brasil destina três milhões de euros para a formação do centro.
Os concorrentes devem organizar um consórcio para participar da disputa. A UnB está fazendo contatos com outras instituições de ensino superior e deve competir com pelo menos outros dois consórcios - um liderado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e outro pela Universidade de São Paulo (USP). As candidatas têm até o dia 26 de junho para apresentar as propostas. A decisão sobre a entidade ganhadora será tomada pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França.

O instituto deverá ser multidisciplinar, enfocando temas não apenas políticos e econômicos, como também questões referentes ao meio ambiente, saúde e educação. De acordo com o edital, é essencial que o centro promova pesquisas em que a experiência europeia possa contribuir para enfrentar desafios para a promoção do desenvolvimento no Brasil. O contrato será assinado com a instituição ganhadora em 13 de dezembro.

DEPUTADOS EUROPEUS - A UnB recebeu nessa semana uma missão do Parlamento Europeu para discutir acordos de cooperação e pesquisa, além do edital para a criação do Instituto de Estudos Europeus. “A formação da nossa universidade é de matriz europeia. A Europa está presente nos nossos estudos nas áreas de Direito, Meio Ambiente, Relações Internacionais”, disse o reitor José Geraldo de Sousa Junior.

A missão trouxe quatro deputados europeus, um da Espanha, uma da França e duas de Portugal. Além do reitor, receberam a delegação a decana de Pesquisa e Pós-Graduação, Denise Bomtempo, a coordenadora do Núcleo de Estudos Europeus (NEE), Julie Schmied e a diretora do Centro de Estudos Multidisciplinares e Avançados (CEAM), Ana Maria Nogales. “Foi uma grande oportunidade de mostrar nosso trabalho”, comemora a coordenadora do NEE.

O deputado Luis Yáñez-Barnuevo García, presidente da missão, explicou que a União Europeia precisa do apoio das universidades para estabelecer acordo comercial com o Mercosul. “A França, que é produtora de grãos, teme a concorrência do Brasil e da Argentina. Precisamos de bases científicas para facilitar a discussão dos acordos”, explicou o parlamentar espanhol. “Os deputados do Parlamento Europeu geralmente se relacionam mais com outros parlamentares. Mas quem produz o conhecimento e as evidências para a formulação de políticas públicas são as universidades”, destacou Denise Bomtempo.

A pedido dos deputados europeus, a decana explicou os principais acordos de cooperação que a UnB mantém com universidades europeias, especialmente com a França, a Bélgica, Portugal e Alemanha. “Temos que aprofundar nossas relações com o Mercosul, incluindo no campo universitário”, concordou a deputada portuguesa Ilda Figueiredo. “A ideia é que a UnB forme uma rede de núcleos de estudos europeus com todas as universidades”, acrescentou Julie Schmied.

A diretora do CEAM aproveitou a visita do Parlamento Europeu para contar que a UnB pretende criar um mestrado um programa de pós-graduação em Desenvolvimento, Pesquisa e Cooperação Internacional. “Brasília é a sede do governo e das embaixadas, portanto estamos localizados em um local privilegiado para criar um mestrado como esse. Essa visita é muito importante para estreitar nossas relações com o Parlamento Europeu”, lembrou Ana Maria Nogales. Além de fonte de pesquisa para futuros acordos, o programa de pós-graduação pode estabelecer convênios com universidades europeias.

UnB Agência