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Uma das mais antigas e prestigiadas sociedades científicas internacionais, The Royal Society of Chemistry, fundada em 1841 em Londres, outorgou à professora Vanderlan Bolzani, do câmpus de Araraquara, o título de fellow – que a distingue como um dos 64 membros honorários da instituição, láurea até então inédita em toda a América Latina. Para conceder essa distinção, em cerimônia que ocorre anualmente desde 1952, a sociedade mantém um comitê que examina o desempenho de cientistas associados no mundo todo.
De posse dos currículos desses pesquisadores associados – hoje, cerca de 46 mil –, a sociedade elege, então, seus membros honorários. “As indicações são feitas em função da contribuição destacada do pesquisador em sua área de atuação”, explica Vanderlan, do Instituto de Química.

Publicada na página 61 do diário inglês The Times, em 8 de abril, a lista abriga, desde o seu advento, vários prêmios Nobel, como Elias Corey (1980), Jean-Marie Lehn (1987), Karl Sharpless (1997), Gerhard Ertl Hon (2007) e Martin Chalfie (2008). “Estar perfilada ao lado destes grandes nomes da ciência é uma honra e um reconhecimento às minhas pesquisas na área da química de produtos naturais”, considera a farmacêutica.

Cultura de inovação

Filha de portuguesa e índio tabajara, Vanderlan da Silva Bolzani é natural de Santa Rita e foi criada em João Pessoa, Paraíba. Após a conclusão da graduação, na Universidade Federal da Paraíba, fez mestrado e doutorado na USP e ingressou na Unesp em 1980, no Departamento de Farmacologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, de onde se transferiu, dois anos depois, para o Instituto de Química. “Foi lá que desenvolvi toda a minha carreira, com o Projeto Biota Fapesp, a partir de 1997, e a criação, em 1998, do Nubbe, Núcleo de Bioensaio, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais, conhecido e respeitado internacionalmente”.

Vice-diretora da Agência Unesp de Inovação desde julho de 2009, Vanderlan considera de extrema importância a aproximação entre a empresa privada e a academia. “Um dos papéis das agências de inovação é justamente promover essa conexão”, diz ela. “Mas a missão mais importante, a meu ver, é a de se criar uma cultura de inovação, sobretudo na Unesp, tão heterogênea como o Brasil”.

Vanderlan já foi incumbida pela Royal Society of Chemistry de duas missões internacionais: organizar, ainda este ano, um encontro entre Brasil e Reino Unido, durante o Congresso Latino-Americano de Cartagena, na Colômbia, e coordenar um simpósio sobre química de produtos naturais em evento a ser realizado em Porto Rico, em 2011, Ano Internacional da Química.

Unesp Assessoria de Comunicação e Imprensa