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rosaniEducação escolar Kyikatêjê: novos caminhos para aprender e ensinar”. Essa é a dissertação que foi defendida na tarde desta quarta-feira, 19, pela primeira mulher indígena a concluir o curso de mestrado na Universidade Federal do Pará. Rosani de Fátima Fernandes, da etnia Kaingang, é pedagoga e, agora, mestre em Direito pela UFPA, por meio do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) da Instituição.
A dissertação de Rosani fala sobre a construção histórica da educação escolar indígena que, até a publicação da Constituição de 1988, estava a serviço do processo de colonização, e, a partir daí, passa a ser apropriada pelas comunidades étnicas no exercício de sua autonomia e autodeterminação.

“A discussão desse tema se faz fundamental para a qualificação dos debates promovidos pelos movimentos étnicos no que consiste em problematizar a educação escolar indígena como alvo de atenção também da Academia”, afirma Rosani Fernades, que integra a Associação dos Povos Indígenas do rio Tocantins (APITO), com sede em Marabá, e a Associação Kyikatejê.

A pesquisa de Fernandes foi orientada pela antropóloga Jane Beltrão (UFPA) e coorientada pelo professor José Heder Benatti (ICJ/UFPA). Como membros da banca examinadora, estiveram os professores José Cláudio Monteiro (ICJ/UFPA) e Ana Lúcia Pastore (USP).  A defesa de Rosani é um marco para a política de inclusão étnica adotada pela UFPA, que, em 2010, promoveu o primeiro processo seletivo específico para ingresso de indígenas no ensino superior da Amazônia.

Assessoria de Comunicação da UFPA