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researcherVocê já pensou em ser um pesquisador? Se ainda tem dúvidas, acredite: é um bom negócio. Quem faz pesquisa por meio da Iniciação Científica – atividade oferecida pela PUC-Campinas com o objetivo de despertar o interesse pela pesquisa – tem mais chances de conseguir estágio e emprego no mercado de trabalho. “Hoje, quem chega ao mercado com esse diferencial é muito mais valorizado e disputado, porque traz um know-how específico, que normalmente não se encontra no currículo da graduação”, explicou o responsável pela Coordenadoria Geral de Pesquisa, órgão subordinado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Alexandre de Assis Mota.
O líder de Projetos do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Hardware do Instituto Eldorado, Mauro Miyashiro, concorda com Mota. Acostumado a receber e analisar currículos, ele admite dar preferência a candidatos que tenham feito trabalhos além da sala de aula, como a Iniciação Científica e o estágio. “Alunos que procuram outras atividades enquanto estudam revelam maior envolvimento com o curso e com a área que vão trabalhar. E isso é um ponto forte para o candidato”, disse.

Para o consultor mundial de Treinamento da IBM na área de Gerência de Redes de Telecomunicações, Wilson Santana, o aluno que vai para o mercado de trabalho precisa saber das exigências que terá pela frente. “Ele tem de conhecer o mercado, saber relacionar-se com as pessoas e, principalmente, a aprender a discutir problemas”, avaliou. Na opinião dele, uma maneira eficiente do estudante se capacitar para conviver com essas e outras exigências é se envolver com atividades extracurriculares, como a Iniciação Científica.

Amadurecimento na marra

O estudante Lucas Cavalheiro chegou à Faculdade de Engenharia Elétrica há quatro anos disposto a fazer um estágio na área, logo no primeiro ano do curso. Não conseguiu. Para não ficar parado, candidatou-se no ano passado a uma bolsa de Iniciação Científica. Deu certo. Até julho deste ano, ele e mais dois colegas estão envolvidos com a pesquisa do professor Alexandre Mota, do grupo de pesquisa Eficiência Energética. “Tem sido uma experiência muito rica, porque estou conseguindo fazer algo diferenciado e útil às pessoas”, contou. “Além disso, aprendi a ser mais disciplinado e sinto que amadureci com a experiência da pesquisa”. O próximo passo, dentro de seu projeto pessoal, é conseguir um estágio na área. “Ter feito a Iniciação Científica antes do estágio foi um bom negócio”, disse.

O estudante do curso de Engenharia de Computação, Gabriel Rodrigues Couto, participou duas vezes da Iniciação Científica. Segundo ele, ter feito pesquisa antes de preparar o Trabalho de Conclusão de Curso foi uma escolha acertada. “O maior benefício da Iniciação Científica foi aprender a escrever. Como tive de redigir artigos, fui obrigado a ordenar os pensamentos, a escrever corretamente a língua portuguesa, a me organizar com as pesquisas. O resultado é que hoje sou uma pessoa mais organizada, que usa cronograma e não deixa mais os trabalhos para a última hora”, contou. Preparando desde já seu Trabalho de Conclusão de Curso, Gabriel está aplicando o conhecimento adquirido nos seus projetos de Iniciação Científica nessa experiência, que é o desenvolvimento de uma caixa preta para carro. Assim que se formar, ele quer patentear seu TCC e incubar sua microempresa – a R3C, que oferece soluções tecnológicas e foi inaugurada este ano - para ter incentivos do governo e expandir o negócio. “Quero que meu TCC abra portas para meu negócio”, finalizou.

Da graduação para o mestrado

Quando decidiu fazer a Faculdade de Letras, Terezinha Rivera Trifanovas beirava os 40 anos. Na época, ela queria apenas ter um diploma universitário. Mas as aulas e a experiência na Iniciação Científica, que ela teve no segundo ano do curso, mudaram radicalmente seus planos. “O convívio com os professores e com a pesquisa me fizeram apaixonar pela vida acadêmica”, contou. Ao finalizar o curso, ela participou do processo seletivo do mestrado no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e foi aprovada. Com o título nas mãos, Terezinha voltou à PUC-Campinas, mas dessa vez como professora do curso de Letras. “Os quatro anos de faculdade foram determinantes para minha vida pessoal e profissional, mas foi na Iniciação Científica que eu aprendi a gostar da pesquisa. Ela me disciplinou e me fez enxergar que nem sempre vou acertar, que o erro faz parte do aprendizado e, principalmente, me ensinou a ser perseverante”, contou.”  

Na opinião da coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão do CLC e ex-orientadora de Terezinha, professora Maria de Fátima Silva Amarante, a Iniciação Científica prepara o estudante tanto para a vida acadêmica como para outros mercados de trabalho. “Quem faz pesquisa aprende a ter autonomia, a pesquisar e a lidar com métodos científicos, qualidades importantes para qualquer profissional”, avaliou. Para aqueles que querem seguir a carreira docente, a professora Maria de Fátima dá dois outros argumentos: a IC leva o aluno a escrever artigos científicos e a participar mais ativamente da vida acadêmica.

Acesso direto à residência médica

Ter feito Iniciação Científica no terceiro e quarto anos da Faculdade de Medicina trouxe uma vantagem a mais para Alexandre Souza Bossoni quando disputou, no final do ano passado, uma vaga em oito concursos de residência. Selecionado como residente de neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, da USP, ele tem certeza de a experiência na IC, somada à sua entrevista e a outros aspectos de seu currículo, como ter participado de um grupo de pesquisa de forma informal, auxiliando novos bolsistas, o ajudaram no processo seletivo. “Sei que levei vantagem por ter feito Iniciação Científica”, avaliou. O docente da Faculdade de Medicina, professor Lineu Corrêa Fonseca, que orientou Alexandre, vai além. “Quem participa de Iniciação Científica é um candidato em potencial aos concursos de residência, porque a experiência com pesquisa qualifica o estudante e o prepara para o mercado”, avaliou.

Entenda mais

Iniciação Científica (IC) é o primeiro passo para o estudante universitário conhecer o beabá da pesquisa. Na PUC-Campinas, o Programa Integrado de Iniciação Científica oferece dois tipos de bolsas de estudo para alunos de graduação: o Fundo de Apoio à Iniciação Científica - FAPIC/Reitoria e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq - administrado pela Universidade, com a supervisão do CNPq.

Para participar do Programa, o aluno deve estar regularmente matriculado em curso de graduação da PUC-Campinas; não ter vínculo empregatício ou estar vinculado a estágio remunerado; ter cursado disciplinas relevantes para a execução do seu Plano de Trabalho de IC; dispor de 20 horas semanais para as atividades de pesquisa; ser selecionado e indicado pelo professor pesquisador; cumprir o plano de atividades aprovado e apresentar os resultados parciais e finais da pesquisa no Encontro Anual de Iniciação Científica, promovido pela Universidade, na mostra de pôster e em comunicação oral.

Os Planos de Trabalho de Iniciação Científica aprovados nos programas FAPIC/Reitoria e PIBIC/CNPq, têm duração de doze meses, iniciando-se em 1º de agosto.

Mais informações no site www.puc-campinas.edu.br/ pesquisa/doc/PIC_ Regulamento_2010

Assessoria de Imprensa da PUC-Campinas