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As transformações sociais, políticas e culturais por que passam os países iberoamericanos entraram oficialmente na agenda de discussões do Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (Ceppac) da Universidade de Brasília.
O Ceppac inaugurou na tarde desta quinta-feira, 14 de maio, o programa de conferências Pensar Iberoamérica – Sociedade, Política e Cultura, em parceria com a Casa da Cultura da América Latina (CAL) da UnB e o Instituto Cervantes, da Espanha.
 
Dos anos 60 para cá, o bloco se fortaleceu politica e economicamente. Ao lado de Espanha e Portugal, o Brasil exerce papel de liderança entre os 23 países que fazem parte do grupo. A iniciativa de debater o cenário iberoamericano foi elogiada pelo decano de Extensão Wellington Almeida. “Essa oportunidade de pensar a Iberoamérica nos permite fazer muitas questões, discutir identidades, movimentos sociais, experimentos democráticos. Há uma agenda ampla e desafiadora de temas que precisam ser tratados com mais profundidade. E ter um espaço como este na UnB é maravilhoso”, avaliou o professor.
 
“Esse programa audacioso surgiu a partir da disciplina Sociedade, Cultura e Política nas Américas, que também é audaciosa, pois se propõe pensar os processos contínuos de transformação que ocorrem nos campos da política, da cultura e social”, disse o diretor do Ceppac, Lúcio Rennó, na solenidade de abertura do ciclo de palestras. A cerimônia reuniu o decano de Extensão, Wellington Almeida, a diretora da CAL, Ana Queiroz, e o diretor do instituto espanhol em Brasília, Manuel Lombao.
 
TRANSIÇÕES – A palestra de abertura ficou a cargo da professora do departamento de Sociologia Ana Maria Fernandes. A partir do tema Repensando a formação dos Estados, a construção das nações e os processos de transição democrática nas Américas, a pesquisadora comentou, sob as perspectiva sociológica, as mudanças políticas e, principalmente, econômicas pelas quais os países iberoamericanos têm passado nas últimas décadas. A conferência ofereceu uma visão histórica do desenvolvimento na América Latina, alcançando a atual crise econômica e seus impactos no setor produtivo brasileiro.
 
Ana Maria destacou pesquisas realizadas pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU), que contribuíram para questões relativas a esta região do planeta. Segundo ela, a Cepal fez estudos relevantes para o desenvolvimento regional, e as suas teorias e visões repercutiram – e ainda repercutem – mundo afora. “Mas não estou certa se, para a economia brasileira, a comissão ainda seja importante. De qualquer maneira, é uma escola de pensamento especializada no exame das tendências econômicas e sociais dos países latinoamericanos e caribenhos”, disse.
 
A professora, que tem doutorado em Sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra), falou ainda sobre conceitos aplicados no âmbito das Ciências Sociais, como desenvolvimento e dependência, muito utilizados em discussões que têm como foco países latinomaricanos.
Na opinião do professor Lucio Rennó, a conferência desta quinta-feira inaugurou com o pé direito o programa de debates. “Queremos proporcionar discussões de alto nível aos alunos do Centro, da UnB e à comunidade do Distrito Federal interessada no assunto”, disse. A programação dos próximos debates que serão realizados no Ceppac pode ser conferida na página do Centro na internet, em www.unb.br/ics/ceppac

UnB Agência