Submit to FacebookSubmit to Google PlusSubmit to TwitterSubmit to LinkedIn

Dia 7 de maio, na programação das "Quartas Sociológicas", a pesquisadora Myrian Sepúlveda dos Santos, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), apresenta a palestra "Prisões da Ilha Grande: quando o excesso se naturaliza". O evento, organizado pelo récem-criado Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS), tem início às 10h, no Auditório do Departamento de Ciências Sociais.

O tema em discussão envolve o Instituto Penal Cândido Mendes, instalado em um dos lugares mais bonitos e paradisíacos do Brasil, área nobre do turismo ecológico, a Ilha Grande. Entretanto, as prisões da localidade sempre foram associadas pelos detentos e pela opinião pública a um "caldeirão do inferno". O termo é proporcional ao grau de violência associado ao lugar.

A crítica de Myrian é que esta prisão foi completamente distante dos objetivos mais formais estabelecidos pela lei: isolar, punir e recuperar os internos para a vida em sociedade. As prisões da Ilha Grande foram palco de fugas freqüentes, formação de quadrilhas, desrespeito aos direitos dos detentos, que eram castigados com torturas e assassinatos, e de uma administração corrupta.

Para elaborar a análise, a professora delimitou a violência existente nas práticas carcerárias das prisões da Ilha Grande entre 1984 até 1994, período em que o Instituto Penal Cândido Mendes foi destruído por implosão.

Myrian dos Santos é professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ.

As "Quartas Sociológicas" tiveram início no dia 23 de março e se estendem até o final do semestre. A última palestra aconteceu no dia 9 de abril, com a aula inaugural ministrada pelo sociólogo Renato Ortiz sobre o tema "Sociologia e as Ciências Sociais".


UFCAR Agência