Entre os objetivos do evento também está reforçar a cooperação bilateral entre as nações para o controle e prevenção da RAM, marco regulatório para registro de antimicrobianos, discutir a distribuição e uso responsável de antimicrobianos e possíveis esforços conjuntos de pesquisa na área. Além da troca de experiências entre pesquisadores, formuladores de políticas públicas e a indústria privada, a iniciativa ajudará agências de fomento a elaborar linhas de financiamento à pesquisa.
Para Javier Burchard, coordenador do evento na Universidade, a cooperação entre os países é o primeiro passo entre instituições acadêmicas, públicas e do setor de agrobusiness do Brasil e do Reino Unido. “A resistência antimicrobiana é um problema da saúde pública mundial. A propagação de bactérias resistentes aumentou muito nos últimos anos e o número de mortes por infecções hospitalares também”, explica Burchard.
No fim de 2016, países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) se comprometeram a tomar medidas para enfrentar a ameaça de organismos resistentes a medicamentos e combater a proliferação de bactérias, vírus e parasitas. Atualmente, há uma estimativa que 700 mil pessoas morrem anualmente devido ao fenômeno. Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), chegou a relatar que “a resistência antimicrobiana representa uma ameaça fundamental à saúde humana, ao desenvolvimento e à segurança".