Os debates foram estruturados em três painéis principais, que discutirão: “Planejamento Urbano e Governança”, “Meio Ambiente” e “Desafios Urbanos e Oportunidades”.
O primeiro painel, sobre planejamento urbano e governança, terá foco em revitalização, cidades criativas e conflitos urbanos a partir da gestão de interesses divergentes.
O secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Fernando Mello Franco, tratará da experiência paulistana. Para ele, a cidade deve lidar com um déficit habitacional em meio a um contexto de crescimento demográfico e de limitações de expansão horizontal e vertical.
O secretário explica que o Plano Diretor Estratégico estabelece um conjunto de mecanismos que visam à construção de uma política habitacional. “Tais instrumentos fazem cumprir a função social da cidade, dando um horizonte de que o problema habitacional só se resolverá a longo prazo, mas é solucionável”, afirma.
O tema revitalização será apresentado por Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro. Para ele, não é possível dissociar a recuperação do patrimônio cultural da recuperação dos centros urbanos históricos. “O que a prefeitura do Rio de Janeiro fez, ao priorizar o centro da cidade, com projetos como o Porto Maravilha, é muito estratégico para o desenvolvimento urbano e faz uma inflexão na lógica vigente nos últimos 40 anos”, avalia.
O segundo painel, dedicado ao meio ambiente, será desdobrado nos subtemas “Eficiência Energética e Clima Urbano” e “Gestão de Água e Resíduos”, com debates sobre energia para o desenvolvimento sustentável, ecologia urbana, planejamento ecológico integrado, tratamento de água e gestão hídrica urbana.
No que se refere à energia, o palestrante Gilberto Jannuzzi, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), defende a necessidade de se criar novos modelos de negócio compatíveis com a evolução dos serviços de energia, que possam contribuir para tornar as cidades mais sustentáveis. Para ele, devem ser disponibilizadas infraestrutura, tecnologias e redes mais eficientes, que tornem o próprio consumidor agente da produção energética.
Quanto à gestão de recursos hídricos, a palestrante Angelika Fink, gerente do laboratório Hessenwasser GmbH, ressalta que é preciso ir além da questão de fornecimento de água potável e do tratamento de águas residuais, priorizando-se uma abordagem global para que haja uma gestão sustentável e integrada da água.
O último painel promoverá o debate sobre os desafios e as oportunidades urbanas, com foco nas contribuições para uma parceria entre Brasil e Alemanha no tema urbanização para cidades sustentáveis. Também nesta etapa serão apontadas conclusões sobre os tópicos discutidos e priorizados inputs de perspectiva prática.
A programação completa e a ficha de inscrição estão disponíveis no endereço http://bit.ly/cityoftomorrow.
Agência FAPESP