Relatório de 2015 do Fórum Econômico Mundial indica que somente em 2095 será alcançada a igualdade entre os gêneros no mercado de trabalho de todo o mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007 – último ano avaliado – a diferença entre a remuneração de homens e mulheres era de 29%, uma situação um pouco melhor que os 38% registrados em 1995.
Essa desigualdade não ocorre apenas nas empresas privadas. De acordo com Saadé, nas instituições de pesquisa e ensino de todo o mundo as mulheres também são minoria em posições hierarquicamente superiores. O mesmo se dá na ciência e nos processos de tomada de decisão.
Em sua fala, em francês e com tradução simultânea, Saadé apresentará as iniciativas da rede criada pela Agência Universitária da Francofonia (AUF) para promover o acesso de mulheres a cargos de responsabilidade.
A Resuff desenvolveu módulos de ensino a distância sobre gênero, oferecendo a mulheres ferramentas para capacitá-las em estratégias profissionais e institucionais. Também abriu uma chamada de propostas para a criação de um "Observatório de Gênero na Universidade", cujo objetivo é identificar os fatores que dificultam a ascensão de mulheres na universidade e oferecer instrumentos metodológicos de monitoramento e medição da evolução de suas carreiras.
O debate ficará por conta de Carolina Carvalho dos Santos, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordenadora do Programa de Extensão "Meninas na Ciência" e apresentadora do podcast de divulgação científica "Fronteiras da Ciência". A moderação será feita por Vera Soares, assessora do USP Mulheres.
O evento é gratuito e terá transmissão ao vivo pelo site do IEA (em www.iea.usp.br/aovivo) http://) e é uma iniciativa do IEA em parceria com o USP Mulheres e o Consulado Geral da França em São Paulo.
Mais informações: www.iea.usp.br/eventos/mulheres-universidade-ciencia e (11) 3091-1686.
Agência FAPESP