Como resultado da agenda, foi criado um grupo de trabalho para elaboração de relatório sobre o estado da educação profissional e tecnológica nos países envolvidos. Com o relatório, será possível compartilhar conceitos, métodos e instrumentos de análise. “Esse relatório servirá de base para estudos posteriores”, explicou a coordenadora-geral da Diretoria de Políticas de Educação Profissional e Tecnológica, Márcia Maria dos Santos, representante da Setec na reunião da cúpula. “É difícil falar de acordos quando você não entende o modo como o outro trabalha. Assim, precisamos, agora, compreender as práticas e metodologias dos outros países.”
Segundo Márcia Santos, o Brasil é o único país do Brics que tem a educação profissional vinculada à educação básica em seus diferentes níveis. “Os outros países desenvolvem a educação profissional e tecnológica após o ensino médio ou dentro do ensino superior”, disse. “O conceito da verticalização presente nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia é uma novidade para eles.”
Márcia considera que o encontro definiu as linhas de ação para os próximos anos, como o diálogo entre a educação profissional com o mercado de trabalho e a identificação de profissões do futuro. A reunião também foi preparatória para o próximo evento, o Encontro dos Ministros da Educação do Brics, que abordará outros temas educacionais e que, na área de educação profissional, contará com a apresentação dos relatórios que estão sendo elaborados pelo grupo. O encontro será realizado em novembro, em Moscou.
Cooperação – O Brics é uma entidade político-diplomática formada por países considerados emergentes. Desde a criação, busca elaborar uma agenda de cooperação multissetorial entre os integrantes. Cinco anos após a primeira cúpula, realizada em 2009, as atividades abrangem cerca de 30 áreas, como agricultura, ciência e tecnologia, governança e segurança da internet, previdência social, saúde, turismo, entre outras.
MEC Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec