As relações entre Brasil e União Europeia se intensificaram após a entrada do país no grupo dos emergentes. “Atualmente os investimentos diretos da União Europeia no Brasil são maiores do que da China, Índia e Rússia juntos”, afirmou o encarregado de negócios da Delegação da UE no Brasil, Juan Victor Monfort, durante abertura do seminário A parceria estratégica Brasil-União Europeia, organizado pela Cátedra Jean Monet, do Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares (CEAM).
Atualmente o Brasil está em negociação com a UE a respeito do estabelecimento de um acordo de livre-comércio entre o bloco e o Mercosul. Para o deputado Sebastião Bala Rocha, presidente do Grupo Parlamentar Brasil União Europeia, o caminho para o acordo vingar é estreitar laços culturais e interparlamentares com o bloco. “Estamos fazendo isso no grupo intensificando o diálogo com o parlamento europeu”, afirma. “Há duas semanas recebemos uma delegação de parlamentares europeus”, afirma.
Luís Fernando Abbott Galvão, chefe da Divisão da Europa III do Ministério das Relações Exteriores, destacou as dificuldades que ainda existem no diálogo entre os dois países com relação ao protecionismo. “A UE fornece subsídios para o setor agrícola e o Brasil para o de serviços. Ainda é um diálogo complicado”.
O Brasil já completou quatro anos de uma parceira estratégica com a UE, estabelecida na cúpula de Lisboa em 2007. “Apesar da relação entre os blocos ser importante, ele padecia de altos e baixos constantes antes da parceria”, afirmou Monfort. Segundo Luís Fernando Abbott Galvão a parceria entre União Europeia e Brasil acontece através de 21 diálogos em diferentes áreas.
UnB Agência
