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energia-solarePesquisadores, representantes da indústria e integrantes do governo federal estarão reunidos na Unicamp durante dois dias (15 e 16) para discutir questões relacionadas à energia solar fotovoltaica. Eles participarão do Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil (Inova FV), promovido pelo Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Universidade e International Energy Initiative (IEI).
Um dos objetivos do evento é contribuir para o avanço e consolidação das discussões em torno da ampliação do uso desse tipo de energia no país, contemplando a criação de mercado, estabelecimento de regulação pertinente e fomento da pesquisa e inovação ao longo de toda a cadeia produtiva. As atividades serão realizadas no auditório da Biblioteca Central Cesar Lattes (BC-CL).

De acordo com o professor Gilberto De Martino Jannuzzi, coordenador do Inova FV, embora a energia solar seja bastante importante no Brasil, o país não tem tradição na exploração do seu potencial, visto que lançou mão de outras alternativas no passado. Atualmente, diz, a energia solar fotovoltaica tem participação quase insignificante na matriz energética nacional. “Entretanto, nos últimos anos, as técnicas para a conversão de energia solar em elétrica melhoraram bastante. Penso que, se olharmos para o futuro, a energia solar fotovoltaica pode ter um papel complementar importante na nossa matriz energética”, considera.

Ainda conforme o professor Jannuzzi, a pesquisa brasileira nesta área do conhecimento foi perdendo importância ao longo dos anos. “Nos anos 70 havia um esforço concentrado, mas as ações foram perdendo fôlego. Assim, ainda temos que fazer a lição de casa nesse aspecto”, avalia. O Inova FV, acrescenta o docente, não pretende discutir as questões em torno do tema somente em termos acadêmicos. “É por isso que também convidamos representantes da indústria e do governo. Queremos refletir acerca dos diversos pontos relacionados à cadeia de produção, o que envolve desde a extração do silício [o Brasil dispõe de importantes reservas do mineral, usado na fabricação das células fotovoltaicas] até a colocação da energia elétrica na rede”, esclarece.

O uso crescente de sistemas fotovoltaicos conectados à rede (SFCR) tem sido uma das apostas de vários países para buscar soluções para atender aos requisitos de serviços de energia. Ao mesmo tempo, a opção satisfaz critérios de economicidade, segurança de suprimento, saúde pública e sustentabilidade ambiental. Experiências internacionais de sucesso como a da Alemanha e Espanha mostram que o estabelecimento do mercado de SFCR é impulsionado pelo desenvolvimento e consolidação de uma indústria nacional de equipamentos e serviços provenientes de políticas públicas implantadas. E o desenvolvimento científico e tecnológico tem sido peça-chave no estabelecimento dessa indústria e seus desdobramentos, como geração de empregos, geração e distribuição de riqueza e desenvolvimento de parque industrial competitivo internacionalmente.