
O físico norueguês de 81 anos fará a abertura do workshop com a palestra O estranho caso do aquecimento global. Em e-mail enviado aos organizadores do encontro, com o resumo sobre sua participação, ele afirma que “a chuva ácida, o buraco na camada de ozônio e o aquecimento global, ou como é chamado agora de mudança climática, são casos estranhos na ciência”. Ivar Giaever ainda ressalta que esses temas ainda carecem de mais debate e estudo por parte de especialistas.
“Sabemos que o CO2 é armazenado por alguns materiais, pois nem tudo que é emitido contribui para o efeito estufa. A argila é um exemplo de matéria que absorve CO2”, observa o professor Geraldo José Silva, vice-diretor do Instituto de Física e organizador do workshop. Ele destaca a presença do físico norueguês, que levou o Nobel em 1973 com pesquisa sobre o fenômeno de tunelamento de semicondutores e supercondutores. Ivar encontrou uma maneira de fazer com que a energia, mesmo que insuficiente, possa atravessar barreiras em materiais supercondutores.
O professor Fernando Oliveira, também do IF, explica que essa pesquisa de Ivar ainda hoje é debatida por físicos. “Embora não exista nada que comprove que uma partícula pode ser mais rápida que a velocidade da luz, alguns cientistas fizeram um experimento que parece ter evidenciado esse fenômeno”.
Ivar também será responsável por encerrar o evento. Ele vai falar sobre como surgiu o prêmio Nobel de Física e o que pensa ser necessário para o desenvolvimento da ciência. “Sou convicto de que a maioria das leis fundamentais da ciência é conhecida, mas os cientistas ainda são necessários para resolver detalhes e fazer novas invenções”, afirma.
PROGRAMAÇÃO – O workshop internacional terá ainda a participação de nove palestrantes. Desses, dois são professores da UnB, seis são pesquisadores estrangeiros e um é pesquisador da Petrobras. O professor Fernando Oliveira vai falar sobre o processo de difusão da água: normal, anômala, difusão mais lenta e mais rápida. “Cada vez mais o desenvolvimento da ciência e da tecnologia depende de novos materiais. Esse encontro vai contribuir para que se entenda melhor, por exemplo, como o líquido e o gasoso se difundem em diferentes materiais”, afirma.
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UnB Agência