A TEORIA
A Teoria das Supercordas é o primeiro modelo físico baseado nos dois pilares da Física Moderna: a Mecânica Quântica e a Relatividade Geral, sendo por isso uma séria candidata a substituir a atual teoria sobre partículas elementares, que não faz uso da Relatividade Geral.
Esta teoria se autodenomina “Teoria de Tudo”, por incluir em seu escopo os férmions, os blocos de construção da matéria.
Para os físicos adeptos desta teoria, partículas elementares são filamentos unidimensionais vibrantes – apelidadas de cordas – que, ao vibrarem, dão origem a partículas subatômicas com suas propriedades.
Na verdade, todas as partículas do universo (elétrons, nêutrons, quarks) são a mesma corda, que vibra de diferentes formas.
Assim, para cada partícula subatômica do universo, há um padrão de vibração específico das cordas.
O nome que recebe a teoria é justamente uma analogia com as cordas dos instrumentos musicais, que produzem diferentes sons, dependendo de como são manipuladas pelo músico.
Na verdade, qualquer tipo de corda sofre este efeito.
Com as cordas da teoria física, acontece a mesma coisa: diferentes vibrações energéticas produzem diferentes partículas, e, da mesma forma que não são necessárias várias cordas para produzir diferentes sons, não é necessária uma corda para cada tipo de partícula.
Apesar de não se poder testar experimentalmente a eficácia da teoria, os trabalhos já foram usados para gerar avanços na matemática, mais especificamente na área de geometria algébrica, e também na teoria da supersimetria, cujas proposições sobre as dimensões do universo poderiam descrever as forças fundamentais da natureza.
Nesta palestra, o Professor Berkovits, que é um dos principais pesquisadores do Brasil dedicados à teoria das supercordas, apresentará um panorama da área, discutindo as possibilidades desta teoria, bem como seus problemas fundamentais e as previsões e promessas desta linha de pesquisa.
Assessoria de Comunicação
IFSC-USP