Dunn integra a terceira conferência deste ano do ciclo O Pensamento no Século XXI, que tem como objetivo trazer a Florianópolis grandes pensadores e promover o encontro entre pensadores brasileiros, europeus e latinoamericanos para refletir sobre questões emergentes da contemporaneidade, conforme explica a pró-reitora de Cultura e Arte da UFSC Maria de Lourdes Borges. O evento é promovido pela SeCarte e Pró-Reitoria de Pós-Graduação.
Especialista em estudos culturais brasileiros, Dunn analisa que Waly Salomão se destaca como artista e mediador que transitava entre várias esferas culturais — o morro carioca, a vanguarda literária e a música popular. “Produziu o famoso show Gal A Todo Vapor no Teatro Tereza Raquel em 1971, uma marca da contracultura pós-tropicalista durante o auge da repressão autoritária da ditadura no Brasil com destaque para “Vapor Barato,” a canção de Waly e Jards Macalé, que se tornou uma espécie de hino contracultural no Brasil”, escreve Dunn em um artigo publicado no Diário Catarinense deste final de semana intitulado: “Criar condições: Waly Salomão e a contracultura”.
Autor de Brutality Garden: Tropicália and the Emergence of a Brazilian Counterculture (2001), Chris Dunn dirige desde 1996 Programa de Estudos Brasileiros e o African and African Diaspora Studies Program, da Tulane University, em New Orleans. Seu trabalho enfoca questões de políticas culturais sob a ditadura militar, no Brasil. Coeditou, com Charles Perrone, Brazilian Popular Music and Globalization, que teve uma edição em Gainesville, pela University Press of Florida, em 2001 e, nesse mesmo ano, ganhou mais uma edição pela editora Routledge. Atualmente prepara, com Idelber Avelar, um volume de ensaios, Brazilian Popular Music and Citizenship.
Por Raquel Wandelli/ Jornalista da SeCarte
Agência de Comunicação da UFSC